Comportamento – Pellegrino https://www.pellegrino.com.br Com mais de 80 anos de atuação, a Pellegrino é uma das mais completas e tradicionais distribuidoras de autopeças do Brasil. Fri, 28 Jan 2022 14:48:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 Recompense as pessoas por fazerem as coisas certas https://www.pellegrino.com.br/2022/01/28/recompense-as-pessoas-por-fazerem-as-coisas-certas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=recompense-as-pessoas-por-fazerem-as-coisas-certas https://www.pellegrino.com.br/2022/01/28/recompense-as-pessoas-por-fazerem-as-coisas-certas/#respond Fri, 28 Jan 2022 14:48:54 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=994 Por Wellington Moreira

O principal papel de um líder, independente de onde ele atua e o que faz, é promover mudanças. Portanto, quem está à frente das coisas e deposita a sua energia na manutenção daquilo que já foi conquistado não passa de um bom administrador. Liderança é transformação.

No entanto, todos sabemos que não é fácil engajar as pessoas quando o novo requer ajustes desconfortáveis. Nessas horas você precisa ser hábil em compartilhar uma visão inspiradora do futuro, capacitá-las a realizarem o que é necessário, fornecer os recursos, ter um plano de ação factível e recompensá-las com base no novo alvo.

Aliás, sobre esse último tópico, como bem lembram Max Bazerman e Ann Tenbrunsel no livro “Antiético, eu?” (Ed. Campus), é importante ter em mente que os sistemas de recompensa direcionam a atenção dos empregados para o alcance de determinados objetivos, levando-os a ignorar outras metas que também são importantes.

Cuide do sistema de recompensas

Alguns anos atrás fui atender uma empresa na qual os diretores e gerentes precisavam formar sucessores, pois algumas janelas de oportunidade estavam se abrindo no mercado e o número de líderes da companhia precisava dobrar em dois anos se ela quisesse crescer de verdade.

Contudo, os sistemas de recompensa não estavam alinhados a ponto de escancarar aos executivos que aquela missão de formar gente era, de fato, prioritária em suas rotinas. A consequência é que muitos deles faltavam aos treinamentos por causa de problemas de última hora, os liderados diretos reclamavam da falta de suporte dos superiores no dia a dia e pouca coisa de concreto avançava.

A situação só mudou quando alinhamos os sistemas de recompensa ao objetivo estratégico de desenvolver novas lideranças. Na prática, o conselho de administração apoiou a seguinte meta: dali em diante, 50% do bônus recebido pelos executivos no final de cada ano ficava atrelado aos resultados de desenvolvimento dos dois profissionais que estavam mapeados como seus possíveis sucessores. Os outros 50% continuavam vinculados aos números da área e da meta global da empresa.

Na sequência, definimos indicadores de fácil mensuração, explicamos como a avaliação seria feita ao longo dos meses posteriores e que tipo de apoio os executivos receberiam ao longo da jornada. Feito isso, reiniciamos o trabalho.

Daí sim as coisas aconteceram

Duas semanas depois já percebemos que tudo havia mudado. Líderes que nunca participavam dos treinamentos começaram a comparecer aos módulos e o grupo de executivos ainda pressionou o RH para ampliar o programa de capacitação até os sucessores diretos mapeados.

Esse trabalho específico me ensinou muitas coisas. A mais importante delas é que, na hora em que você precisa dirigir seu time para grandes mudanças, deve ter condições de responder à pergunta que as pessoas farão para si mesmas: “Eu devo me esforçar para fazer isso de verdade ou é só mais um daqueles projetos que naufragam diante do primeiro obstáculo?”

Se alguma transformação de impacto continua emperrada em sua área ou empresa, analise se você está recompensando as pessoas por fazerem as coisas certas ou certas coisas. Elas costumam escutar muito mais o sistema de recompensas do que aquilo que você diz.

Wellington Moreira é palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Líder tático” e “O gerente intermediário”, ambos publicados pela Ed. Qualitymark.

www.caputconsultoria.com.br

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Perseverança ou teimosia? https://www.pellegrino.com.br/2021/10/20/perseveranca-ou-teimosia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=perseveranca-ou-teimosia https://www.pellegrino.com.br/2021/10/20/perseveranca-ou-teimosia/#respond Wed, 20 Oct 2021 13:24:15 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=835 Por Wellington Moreira

Quando você busca alcançar um objetivo, o sucesso nem sempre acontece logo de cara. Às vezes, nem na segunda ou na terceira tentativas. E, nessas horas, a perseverança é uma virtude e tanto. Mas, como saber que você é perseverante de verdade ou apenas um teimoso crônico?

Perseverança tem a ver com tenacidade e firmeza de propósito. Enquanto isso, a teimosia está ligada ao comportamento insistente e à obstinação birrenta. Ou seja, a perseverança é sinal de amadurecimento e a teimosia um traço de infantilidade.

Na prática, você reconhece a diferença entre as duas na hora em que focaliza os resultados. O perseverante é mais bem-sucedido porque, apesar das derrotas temporárias, consegue adaptar a sua forma de agir para chegar aonde quer. Substitui a estratégia, o método, as ferramentas e tudo mais que for necessário porque não perde de vista o que é importante de verdade.

Já o teimoso é inflexível. Incapaz de abandonar a ideia fixa que tem na cabeça ou de simplesmente enxergar aquilo que quase todo mundo vê. Às vezes, beirando a loucura, como ensina aquela conhecida frase atribuída a Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”

O teimoso geralmente comete dois erros críticos. Um deles é a sua necessidade de querer ter razão, vociferando: “Ainda vou provar para vocês que estou certo!” E o segundo erro é de percepção: ele já acredita ser perseverante. Como alguém me falou certa vez: “Eu sou apenas incompreendido e não tenho sorte”.

Portanto, perseverar é mais do que apenas ser insistente. É aprender com os próprios erros e não os repetir. Depois de uma longa e extenuante jornada, constatar que todo esforço valeu a pena. Você chegou lá!

Uma história inspiradora é a do chinês Huang Dafa (confira o vídeo acima), homem simples que assumiu para si a missão de construir um canal de água com 10 quilômetros de extensão e atravessando três montanhas, para que a população do vilarejo em que morava, Caowangba, pudesse ter acesso a água potável. E detalhe: sem conhecer nada de engenharia ou de como funciona um sistema hídrico, lá no início do projeto.

Agora reconhecido como herói em seu país – e com mais de oitenta anos de idade –, ele conta que começou a empreitada em 1959 praticamente sozinho e foi alvo de zombarias durante um bom tempo até finalmente conseguir apoio financeiro do governo chinês (no início dos anos noventa) para contratar trabalhadores e comprar o material que faltava.

A obra ficou pronta em 1995 depois de longos 36 anos e transformou o vilarejo. A abundância de água agora possibilita a irrigação dos campos de arroz e ninguém mais sofre de sede. E com a atenção dada pela mídia, eles já têm eletricidade e contam até com uma nova estrada. Tudo porque Dafa perseverou.

Wellington Moreira é palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Líder tático” e “O gerente intermediário”, ambos publicados pela Ed. Qualitymark.

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