Gestão – Pellegrino https://www.pellegrino.com.br Com mais de 80 anos de atuação, a Pellegrino é uma das mais completas e tradicionais distribuidoras de autopeças do Brasil. Thu, 09 Jan 2025 14:34:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 Em busca da missão cumprida https://www.pellegrino.com.br/2025/01/09/em-busca-da-missao-cumprida/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=em-busca-da-missao-cumprida https://www.pellegrino.com.br/2025/01/09/em-busca-da-missao-cumprida/#respond Thu, 09 Jan 2025 14:34:42 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3550 A satisfação profissional está diretamente ligada à habilidade de ser eficiente. Um ambiente em que impera a sobrecarga de trabalho, a ausência de planejamento e a pressão de demandas urgentes drena a energia da equipe e dá aquela sensação de ter trabalhado muito e rendido pouco.

Por Tatiana de Almeida Prado

Quando falamos em um ambiente de trabalho desorganizado, a primeira imagem que vem à mente são pilhas de papéis espalhadas pelas mesas, equipamentos eletrônicos com fios emaranhados ou estoques sem sistema de organização. Sem dúvida, a bagunça física compromete a produtividade do negócio, causando perda de tempo e aumento no nível de estresse dos colaboradores. Existe, porém, outro tipo de bagunça nas organizações, invisível aos olhos, mas que impacta inevitavelmente funcionários, clientes e a própria empresa.

A ausência de um gerenciamento eficiente de projetos e de tempo é responsável pela desordem silenciosa, que vai, aos poucos, minando a energia da equipe e do negócio. “No longo prazo, essa desorganização afeta a produtividade e a capacidade da empresa de inovar, já que o foco é constantemente desviado para apagar incêndios em vez de pensar de forma estratégica”, explica Virgilio Marques dos Santos, gestor de carreiras e sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria.

Aquela sensação frustrante de que o trabalho nunca tem fim é fruto dessa falta de organização. Embora a busca por resultados seja sempre o objetivo principal de qualquer negócio, definir metas realistas e prazos tangíveis não significa limitar o potencial ou ter uma visão tímida sobre o negócio, mas sim adotar uma abordagem certeira e sustentável. “Quando os objetivos são irreais, os funcionários rapidamente se desmotivam, pois sentem que, não importa o quanto se esforcem, nunca conseguirão alcançar o esperado”, diz o gestor. Frustrações constantes geram ansiedade, reduzem o engajamento e podem culminar em um quadro de burnout, a síndrome do esgotamento profissional.

Empresas que investem no planejamento de projetos e de processos conseguem obter ganhos de produtividade e de eficiência. Isso porque o trabalho flui de maneira mais natural, com menos interrupções e retrabalhos, refletindo diretamente na redução de custos operacionais. “Além disso, os colaboradores atuam de forma mais engajada e motivada. Essa forma consciente de trabalhar gera resultados consistentes e impulsiona a inovação, já que a equipe pode se concentrar em atividades estratégicas em vez de lidar com o caos diário”, afirma Virgilio.

De olho nos clientes

Engana-se quem pensa que isso é apenas um problema interno. A falta de organização operacional resvala até nos clientes, seja por meio do atendimento, seja por meio da qualidade do serviço ou do tempo de resposta. “O consumidor pode não identificar exatamente qual é o problema, mas percebe que tem algo errado ali”, acredita Virgilio. O fato é que uma empresa desorganizada tem dificuldade em manter um padrão de qualidade consistente. “Essa percepção pode rapidamente abalar a confiança do cliente, que optará por fornecedores mais profissionais. Por isso, a organização e o planejamento, além de trazerem inúmeros benefícios internos, são também fundamentais para a imagem e a reputação da empresa no mercado”, avalia o gestor.

É verdade que empresas pequenas e familiares podem enfrentar desafios específicos relacionados à organização, como a falta de recursos dedicados exclusivamente à gestão de processos ou a presença de uma estrutura hierárquica mais informal. No entanto, isso não significa que a desorganização seja uma característica intrínseca a esses negócios. “O tamanho da empresa não é fator determinante para a organização do ambiente de trabalho. O ideal é ter processos bem-definidos, uma comunicação clara e ferramentas adequadas para monitorar e ajustar o que não está funcionando”, esclarece Virgilio. Pequenas empresas podem, inclusive, ter a vantagem da agilidade e da flexibilidade para implementar mudanças e melhorias. O importante é entender as características e necessidades do negócio e trabalhar continuamente para otimizar a gestão.

Fragmente já

Fragmentar as atividades pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho da equipe. Ao dividir tarefas e processos complexos em etapas menores e mais manejáveis, os gestores e os funcionários conseguem lidar com as demandas de forma mais estruturada. “Essa é uma técnica eficaz para lidar com a sobrecarga, permitindo que o colaborador tenha uma visão clara do progresso e celebre pequenas conquistas, deixando-o mais motivado. Acaba sendo mais estimulante do que olhar para um todo muito grande e não conseguir sair do lugar”, esclarece Virgilio.

Com toda a sua experiência, o fundador da FM2S compartilha algumas dicas de ferramentas administrativas que podem ajudar a melhorar a gestão do tempo e das tarefas:

  • Kanban: metodologia visual que organiza tarefas em quadros. Cada tarefa é representada por um cartão que passa por diferentes fases (exemplo: “a fazer”, “em andamento” e “concluído”);
  • OKRs (Objectives and Key Results): metodologia de gestão que ajuda a empresa a definir e medir metas de forma clara e alinhada com os objetivos estratégicos;
  • Matriz de Eisenhower: técnica de priorização de tarefas baseada nos critérios “urgência” e “importância”;
  • Timeboxing: técnica de gestão do tempo que aloca um período específico (ou “bloco de tempo”) para trabalhar em uma tarefa, sem distrações;
  • SCRUM: metodologia ágil, frequentemente associada a equipes de desenvolvimento de software, que pode ser adaptada a outros contextos. Utiliza ciclos curtos de trabalho, chamados de sprints, para dividir grandes projetos em entregas menores e incrementais.

De acordo com Virgilio, é possível usar mais de uma estratégia ao mesmo tempo ou alinhar a que mais se encaixa com as necessidades da sua empresa, do seu time ou dos seus objetivos específicos. “A chave está em experimentar diferentes abordagens e ajustar conforme a realidade e a cultura de cada ambiente de trabalho”, orienta.

Existem ainda outras ferramentas virtuais que ajudam a organizar processos, melhorar a comunicação interna e garantir o monitoramento contínuo das metas, contribuindo para maior produtividade e alinhamento da equipe. Entre elas, destacam-se o Trello e o Asana, que permitem criar quadros e listas de tarefas, acompanhar o progresso das atividades e definir prazos. Para uma comunicação mais fluida entre equipes, o Slack facilita o envio de mensagens, a criação de canais específicos e a integração com outras plataformas. O Microsoft Teams também é sempre uma opção, pois, além de oferecer recursos de comunicação, permite agendar reuniões e compartilhar documentos. Já o Monday.com é uma ferramenta versátil que combina a gestão de tarefas com relatórios de desempenho, possibilitando o acompanhamento de metas de maneira visual e prática.

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Padronizar para crescer https://www.pellegrino.com.br/2024/12/26/padronizar-para-crescer/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=padronizar-para-crescer https://www.pellegrino.com.br/2024/12/26/padronizar-para-crescer/#respond Thu, 26 Dec 2024 12:36:32 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3484 A padronização dos processos internos é fundamental para a sustentabilidade do negócio, garantindo a redução de erros, a satisfação do cliente, o aumento da eficiência e, claro, mais lucratividade

Por Thalita Battistin

Padronizar os processos operacionais é o objetivo de muitos empresários. Essa prática reduz erros, aumenta a eficiência, melhora o desempenho dos colaboradores e, consequentemente, impulsiona tanto a lucratividade quanto a satisfação dos clientes. Mas como tornar essa transformação uma realidade? Para começar, é importante entender que a padronização estabelece procedimentos e normas consistentes para a execução de tarefas e atividades, garantindo que as operações sejam realizadas de forma eficiente, previsível e uniforme, independentemente de quem as realiza ou quando. “Ao padronizar processos, conseguimos otimizar recursos, reduzir erros individuais e coletivos, aumentar a eficiência, minimizar o retrabalho e detectar falhas com mais facilidade, pois os desvios são rapidamente identificados. Isso traz ganhos no curto e médio prazo, além de agregar competitividade com a melhoria da qualidade e da entrega”, explica Davi Jerônimo, consultor de negócios do Sebrae-SP.

Jerônimo ressalta ainda que padronizar rotinas e estabelecer processos gera previsibilidade para erros e permite correções rápidas, especialmente com o uso da metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Act, ou Planejar, Executar, Verificar e Agir). Esse método sistemático ajuda as empresas a identificar problemas, implementar soluções, monitorar resultados e ajustar continuamente as operações para garantir melhorias. Contudo, a padronização apresenta desafios, sendo a cultura organizacional um dos principais obstáculos. Engajar a equipe nessa transformação pode ser complexo, e o investimento inicial em tempo, treinamento e infraestrutura também pode representar uma barreira, sobretudo para pequenas empresas com recursos limitados. “Alguns processos exigem a implementação de novos sistemas, softwares e bancos de dados. Portanto, é essencial realizar um planejamento cuidadoso antes de iniciar a implantação”, comenta Jerônimo.

Para promover uma mudança cultural, a liderança exerce um papel essencial na redução da resistência dos colaboradores. “Os líderes devem servir de exemplo.

Quando aderem aos processos padronizados, eles incentivam os demais a seguirem as práticas estabelecidas. Além disso, cabe a eles fornecer os recursos necessários, monitorar o andamento e acompanhar cada etapa, oferecendo feedbacks e promovendo ajustes quando necessário”, destaca o consultor Davi Jerônimo.

Em empresas antigas, a cultura organizacional já está consolidada, o que facilita a implantação de mudanças. Já em empresas novas, depende muito da prioridade que o empresário dá à padronização, aplicando essa cultura aos novos colaboradores.

Vantagem competitiva

Empresas maiores geralmente têm mais recursos para investir em ferramentas de melhoria de processos; porém, as menores podem optar por soluções mais simples e econômicas. No setor de autopeças, por exemplo, no qual a competição é acirrada, a gestão eficiente de processos é um diferencial estratégico. “Um varejo de autopeças precisa de eficiência e qualidade na entrega. Padronizar áreas como logística e suprimentos é essencial. Ferramentas como geolocalização em veículos ajudam a economizar e agilizar rotas, enquanto a inteligência de customer relationship management (CRM) reduz custos, automatiza o estoque e acelera a seleção, a etiquetagem e o envio dos produtos. A automação dos canais de atendimento, como chatbots e redes sociais, também garante uma jornada limpa e padronizada ao cliente, melhorando sua percepção de valor”, aponta Jerônimo.

Identificar o momento certo para iniciar a padronização dos processos internos é igualmente importante. Em períodos de crescimento acelerado, é crucial garantir que todos os colaboradores sigam os mesmos procedimentos para manter a qualidade e a eficiência do início ao fim do processo. “A gestão da qualidade é vital para a empresa. Sem padronização, não é possível assegurar consistência. Além de reduzir custos e eliminar desperdícios, a padronização também prepara a empresa para futuras necessidades de certificação, conformidade e regulamentação”, explica o consultor.

Se o empresário postergar a padronização dos processos, a empresa pode enfrentar alguns riscos, como a variação na qualidade dos serviços, o que afeta a satisfação dos clientes e a reputação da marca; o desperdício de recursos e tempo, prejudicando a produtividade; a falta de conformidade com leis e regulamentos, resultando em multas; a comunicação ineficiente entre departamentos, gerando erros e mal-entendidos; e a dificuldade em promover a melhoria contínua, haja vista que, sem uma base padronizada, é mais difícil identificar áreas de aprimoramento e implementar mudanças eficazes, o que pode comprometer a inovação e o crescimento.

Além disso, é fundamental evitar alguns erros ao implementar a padronização. Uma comunicação deficiente por parte dos líderes sobre o propósito e os benefícios da padronização pode gerar resistência e baixa adesão dos colaboradores. É essencial explicar como as mudanças melhorarão o trabalho e beneficiarão a todos. “Os líderes devem se engajar nessa causa, incentivando e envolvendo seu time, mas a padronização de processos não deve ser rígida a ponto de impedir a inovação e a flexibilidade. É importante deixar espaço para ajustes, melhorias contínuas e feedbacks constantes”, finaliza Jerônimo.

Box:

A TECNOLOGIA PODE AJUDAR NA PADRONIZAÇÃO. VEJA COMO:

• Automatização de processos: softwares de automação podem executar tarefas repetitivas de forma rápida e precisa, liberando os funcionários para atividades mais estratégicas.

• Robôs: a robótica pode ser utilizada para tarefas físicas e repetitivas, aumentando a eficiência e reduzindo erros humanos.

• Roteirização e geolocalização: ferramentas de roteirização e geolocalização ajudam a otimizar rotas de entrega e logística, economizando tempo e custos.

• Sistemas de RFID: a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) melhora o rastreamento de inventário e ativos, aumentando a eficiência.

• Ferramentas ágeis: metodologias ágeis e ferramentas, como Scrum e Kanban, ajudam a gerenciar projetos de forma mais eficiente, adaptando-se rapidamente às mudanças.

• Inteligência artificial (IA): a IA pode analisar grandes volumes de dados para identificar padrões e prever tendências, auxiliando na tomada de decisão.

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Precisamos falar sobre crise https://www.pellegrino.com.br/2024/11/11/precisamos-falar-sobre-crise/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=precisamos-falar-sobre-crise https://www.pellegrino.com.br/2024/11/11/precisamos-falar-sobre-crise/#respond Mon, 11 Nov 2024 17:11:50 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3346 A capacidade de antever riscos, desenvolver planos de contingência e reagir de forma rápida e eficaz às adversidades pode ser a diferença entre a sobrevivência e o fracasso de uma empresa em momentos de crise

Por Rosiane Moro

Você já viu uma pequena rachadura na parede? Se não for reparada, ela pode

se transformar em uma grande fenda. As crises empresariais seguem a mesma lógica. Às vezes, começam pequenas, mas se não recebem a devida atenção podem se transformar em um problema enorme. Há ainda as crises que chegam de repente,

sem nenhum sinal aparente e pegam todo mundo de surpresa, deixando estragos por onde passa. Mas o resultado não precisa ser assim. Com um bom planejamento e

estratégias de gestão dá para evitar muitas dores de cabeça.

O importante é não ignorar os sinais para estar minimamente preparado quando as adversidades surgirem. Afinal, se a máxima de que toda empresa um dia vai

passar por uma crise for verdadeira, é bom ter um roteiro em mãos para saber exatamente como agir quando a hora chegar. Vale lembrar que, quando o assunto é

crise, não estamos falando apenas de eventos de grandes proporções. Um simples erro de comunicação, um atendimento desajeitado ou um produto com defeito podem gerar problemas significativos, especialmente em tempos de redes sociais.

A solução, nesse caso, é colocar a mão na massa para entender o que realmente pode afetar a longevidade do seu negócio, e as opções são muitas. Entre os principais

tipos de crise empresarial, as mais comuns são de controle financeiro, gestão do negócio, danos ao meio ambiente, imagem, reputação, quebra de direitos do consumidor, ética empresarial, relações trabalhistas, catástrofes naturais, segurança pública, danos patrimoniais, processos jurídicos, exposição de dados e ambiente político. Só pelo tamanho da lista já é possível dimensionar não só o trabalho a ser realizado, mas principalmente as vulnerabilidades às quais um negócio está exposto.

A questão, inclusive, é mundial. Anualmente, o Institute for Crisis Management (ICM) faz um mapeamento das causas das principais crises globais. No último relatório, de 2023, no topo da lista estavam as catástrofes naturais, com 26,10%, seguidas por ações judiciais coletivas, com 11,37%; crime de colarinho branco, com 10,80%; violência no trabalho, com 9,39%; e má gestão, com 8,53%. A lista ainda inclui crises decorrentes de assédio sexual, defeitos e recalls, discriminação, crime cibernético, entre outras.

Eduardo Perazza, advogado e especialista em conflitos e gestão de crise da Machado Meyer Advogados, alerta para a dificuldade de se detectar os sinais de uma crise

com antecedência. “Geralmente, quando se percebe, o problema já está instalado. Para ter uma percepção mais rápida, o empresário precisa estar muito atento

ao funcionamento da sua operação e possuir diretrizes internas que possam sinalizar que algo não está indo conforme o planejado e pode desencadear uma crise no futuro.”

A verdade é que o Brasil tem pouca tradição no assunto. O tema ganhou mais relevância com o trágico desastre aéreo da TAM, em 1996, momento em que o principal executivo da companhia, Luiz Eduardo Falco, afirmou que não tinha um plano de contingência em mãos e precisou usar a intuição e o bom senso para tomar as primeiras decisões sobre o acidente. Na prática, as ações iniciais ampliaram ainda mais os efeitos da tragédia, especialmente pela divulgação de informações desencontradas. Sabe-se ainda que a empresa precisou buscar um plano de contingência de uma empresa americana para mitigar as consequências. O case é estudado até hoje nas universidades para mostrar o despreparo das empresas nacionais em relação à

gestão de crise no passado e o que não se deve fazer.

Mapeando as vulnerabilidades

A gestão de crises é um desafio complexo que exige das empresas agilidade, transparência e proatividade. Ao adotar as medidas preventivas adequadas e agir de

forma estratégica, as empresas podem minimizar os danos à sua reputação e fortalecer sua posição no mercado. Um bom começo é detectar as vulnerabilidades. Uma alternativa é contratar empresas especializadas para fazer o mapeamento dos riscos do negócio, mas é importante que o trabalho tenha o acompanhamento da equipe

interna, porque esses profissionais são os que mais entendem do negócio, o que significa ouvir o maior número de colaboradores possível, pois algumas situações podem passar despercebidas ou não serem de conhecimento de todos.

Mas cuidado para não inflar o mapeamento com informações desnecessárias. “É preciso estabelecer certos critérios. Por exemplo, uma loja de autopeças pode ter sérios problemas caso venha a perder o seu estoque; então, esse é um risco que deve integrar o plano de contenção de crise. Por outro lado, a possibilidade de a loja ser fornecedora de uma empresa acusada de corrupção é um risco bem menor; então é

necessário analisar se esse item deve realmente ser incluído no documento. Já um roubo de carga, um rombo no fluxo do caixa, um incêndio são mais prováveis de acontecer”, explica Perazza.

De acordo com o advogado, só o exercício de reflexão sobre o tema já é um grande passo em direção ao enfrentamento da crise. “Esse processo mostra quais itens necessitam ser aprofundados e receber mais atenção. Elenque tudo de forma bem organizada, registrando na medida do possível o que precisa ser feito em cada

ocasião, além de repassar as informações para toda a equipe; afinal, se os

colaboradores não sentirem que isso tem relevância para a gestão do negócio, dificilmente vão se engajar na adoção de novas posturas de trabalho para mitigar

possíveis riscos.”

O mapeamento ainda ajuda a empresa a atuar de forma precavida até nas atividades do dia a dia ao deixar as pessoas sempre em estado de alerta. “Vou fazer uma

campanha de divulgação nas redes sociais. Será que o texto está coerente, será que alguma informação pode ser entendida de forma errada, a linguagem usada pode ofender alguém? Com um bom mapeamento essas indagações acabam fazendo parte da rotina do negócio”, destaca Perazza.

O fato de descrever o que deve ser feito em cada situação evita

ainda que aspectos emocionais influenciem as ações a serem tomadas no calor dos acontecimentos. “Principalmente nas empresas de pequeno e médio porte, nas quais o empresário está muito presente no dia a dia da operação, numa posição de dono do negócio, o emocional pode fazer com que ele não consiga lidar com a crise de forma mais fria e distante. A pessoa à frente de uma crise não pode pensar com o fígado porque vai acabar caindo em armadilhas, especialmente quando há repercussão pública”, comenta o advogado. Por isso, o preparo do porta-voz é fundamental.

Outra dica muito importante de Perazza é ter um aconselhamento jurídico, porque toda crise em algum momento resvala em aspectos legais. “Mesmo sem saber e diante

da necessidade de dar repostas rápidas ao mercado, é possível que alguns comunicados possam piorar a situação e se tornar uma prova contra a empresa no futuro. Dependendo do motivo da crise, o jurídico pode ser, inclusive, o

melhor porta-voz da instituição.”

O mapeamento também ajuda a criar um comitê ao destacar o papel de cada pessoa durante o processo de crise, ou seja, quem vai estar à frente da solução do problema

e quem vai atuar nos bastidores para as operações não pararem por completo – lembrando que a continuidade das atividades é fundamental para demonstrar o

profissionalismo da organização.

Imagem e reputação

Qualquer crise ou problema de origem interna ou externa, independentemente de sua natureza, se transforma em uma crise de imagem e reputação a partir do momento em que se torna pública. Um exemplo emblemático desse cenário é o recente caso da Gol com a morte do cachorro Joca, que ganhou repercussão nacional e gerou uma onda de críticas à empresa.

Esse episódio demonstra como apenas uma falha humana pode desencadear uma crise de proporções gigantescas, comprometendo a imagem da marca e a confiança dos consumidores. “Uma coisa que as empresas precisam entender é que faz parte da sua jornada de sucesso e de sua perenidade passar por momentos difíceis, e a solução para esses momentos é estar devidamente preparado para enfrentá-los”, observa a jornalista Anik Suzuki, CEO da ANK Reputation, empresa especializada em gerenciamento e gestão de crise de reputação.

O caso da Gol demonstra como as falhas humanas acontecem até mesmo em empresas com processos internos detalhadamente mapeados e funcionários treinados,

como as companhias aéreas, exatamente pelo fato de que é impossível controlar o comportamento das pessoas 24 horas. Nesse cenário, a comunicação emerge como elemento central na gestão de crises de reputação e imagem. Afinal, não há estratégia mais eficaz para responder a uma crise do que uma comunicação clara e transparente.

Contudo, é importante ressaltar que a própria comunicação, quando mal utilizada, pode gerar e agravar crises, tornando-a um instrumento de duplo efeito. “Isso acontece porque nós nos avaliamos por nossas intenções e o resto do público nos avalia por nossas ações. Se fazemos um comentário e o outro se ofende, temos tendência a minimizar a nossa fala, não enxergar o problema. Por isso, a responsabilidade pela comunicação é do emissor, nunca do receptor, e quem é líder precisa saber que tem responsabilidade pelo o que diz e como as pessoas interpretam”, comenta Anik.

Para a solução de uma crise, dois itens são fundamentais: o tempo de resposta e a transparência. A resposta rápida e eficaz demonstra proatividade e compromisso com a resolução do problema, já que a demora na comunicação pode gerar desconfiança e alimentar rumores, ampliando a crise. Além disso, o momento escolhido para a divulgação dos comunicados deve ser extremamente estratégico.

Em relação à transparência ao fornecer informações honestas e completas, a organização demonstra respeito aos seus públicos e busca reconstruir a confiança perdida. Importante frisar que transparência não significa divulgar todos os detalhes internos, mas sim compartilhar as informações relevantes de forma clara e objetiva.

A falta de transparência pode gerar um efeito cascata, com a disseminação de informações falsas e a intensificação da crise. Já o oposto demonstra que a organização está disposta a aprender com seus erros e a adotar medidas corretivas para evitar que a crise se repita. Anik destaca que aquilo que o executivo diz num momento de crise não pode ter contraponto para que não ser tachado como mentiroso, lembrando que o julgamento público é sempre implacável.

Redes sociais

Controlar as redes sociais é outro ponto fundamental para a reputação da empresa. Anik reforça que para usar as plataformas sociais de forma favorável durante uma crise

ela precisa ser muito boa antes da crise. “Isso significa, primeiro de tudo, ter audiência, ou seja, um público relevante. Segundo, ter engajamento qualificado para alcançar o público correto. Terceiro, representar bem a marca, com conteúdo consistente e com teor humanizado para atrair a simpatia dos leitores.”

Uma dúvida que sempre bate nesses momentos é se devemos ou não responder aos comentários dos seguidores. “Isso é bem polêmico, eu particularmente não gosto de

gerenciar crise em comentário. Se o público estiver muito irritado e emocionalmente envolvido, qualquer resposta por mais perfeita que seja vai provocar efeito contrário.

É o momento de tirar o pé do acelerador e, caso não queira deixar os seguidores no vazio, fixe uma resposta única nos comentários ou faça um post”, aconselha a

jornalista.

Recupere a imagem perdida

Quando entram numa crise, as empresas se abalam porque tudo fica muito tenso, intenso e delicado. Com o passar do tempo, as coisas começam a voltar ao

normal, e muitos gestores preferem virar a página e não mexer na ferida. Anik lembra que toda crise deixa sequelas, mal-entendidos e críticas registradas no ambiente digital. “Todo machucado de uma crise extrai valor da poupança da reputação e caso não seja recuperado vai chegar um momento em que essa poupança é zerada.”

Segundo a especialista, o pós-crise é o momento de reverter os danos e dar destaque para as fortalezas da empresa, falar mais sobre a cultura organizacional, os valores que formaram o alicerce da marca. Mas uma pós-crise não se faz só com comunicação, que pode ser vista como promessas vazias; afinal, qualquer pessoa pode falar bem de si mesmo. Esse é o momento de minimizar os danos com ações concretas, demonstrando

que a empresa aprendeu a lição e pretende não cair no mesmo erro novamente.

Box: Conduta diante da crise

• Certa ou errada, quando uma organização está envolvida em um problema, ela está na crise

• Cuidado com os boatos. Qualquer rumor deve ser analisado

• Não dê declarações para se defender sem pensar estrategicamente no assunto

• Não negue nem confirme fatos até ter certeza que a empresa não tem

relação com a crise

• Explique o que aconteceu, seja transparente e honesto

• Não culpe os outros ou transfira o problema para outra empresa

• Mantenha a comunicação e atualize os diferentes meios de comunicação

SAIBA MAIS

EDUARDO PERAZZA

www.machadomeyer.com.br

ANIK SUZUKI

www.ankreputation.com.br

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Facilite a gestão financeira da sua empresa com a PRONTO! https://www.pellegrino.com.br/2024/08/07/facilite-a-gestao-financeira-da-sua-empresa-com-a-pronto/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=facilite-a-gestao-financeira-da-sua-empresa-com-a-pronto https://www.pellegrino.com.br/2024/08/07/facilite-a-gestao-financeira-da-sua-empresa-com-a-pronto/#respond Thu, 08 Aug 2024 00:45:41 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=2978 Por Victor Cerqueira Gerente de Tesouraria do Grupo Comolatti 

Vender peças de qualidade, a preços competitivos e com agilidade, é o propósito da Pellegrino, mas o nosso trabalho não termina por aí. O que nos move é encontrar alternativas para os nossos clientes venderem ainda mais e com maior margem de lucratividade. Foi com base nesse questionamento que nasceu a Pronto!, a maquininha de compras do setor automotivo, do grupo Comolatti. 

Entre os benefícios oferecidos pela Pronto! estão o maior prazo de pagamento na compra de peças e a ampliação do crédito. Como exemplo, vamos imaginar o cliente João Autopeças, uma empresa de pequeno porte, que não consegue parcelar as compras dos seus clientes em seis prestações, algo praticado usualmente por seus concorrentes, por conta de restrições de crédito e prazo limitado de pagamento dos pedidos de peças.

Ao utilizar a Pronto!, o problema de João está resolvido, uma vez que o nosso principal produto é a cessão de recebíveis, em que o cliente pode utilizar 100% da sua carteira de recebimentos como pagamento pela compra de peças na Pellegrino, independentemente do prazo oferecido ao cliente. 

De volta ao exemplo do João, vamos simular que ele realizou uma venda de R$ 60 mil para um cliente, dividida em seis parcelas de R$ 10 mil, necessitando repor nesse momento R$ 50 mil de peças no seu estoque. Antes da Pronto!, o fluxo de caixa da empresa ficaria negativo até o recebimento da última parcela, uma vez que a reposição da peça vendida deveria ser paga em 49 dias e o dinheiro referente à venda da mercadoria entraria somente R$ 10 mil por mês. 

Ao usar a maquininha da Pronto!, João pode avisar que irá realizar o pagamento com o saldo a receber dessa venda, sem se preocupar com o descasamento de prazos, já que o pagamento dos R$ 50 mil das peças será realizado pela antecipação, sem custo, sendo que a sexta parcela de R$ 10 mil será paga normalmente na conta do cliente no dia agendado. 

Além disso, ao usar a maquininha, é possível aumentar o seu limite de crédito, de acordo com as operações financeiras a receber, mantendo o fluxo de caixa da empresa sempre saudável. 

Atualmente, a Pronto! possui mais de 2 mil filiados em todo o Brasil, distribuídos em 25 estados e Distrito Federal, estabelecidos em 600 cidades. No exemplo citado, estamos falando apenas de algumas vantagens que a maquininha oferece para os clientes. 

Quer conhecer outras? Entre em contato com nosso time comercial pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3155-7600.

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Domine a arte da comunicação digital https://www.pellegrino.com.br/2024/03/14/domine-a-arte-da-comunicacao-digital/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=domine-a-arte-da-comunicacao-digital https://www.pellegrino.com.br/2024/03/14/domine-a-arte-da-comunicacao-digital/#respond Thu, 14 Mar 2024 19:01:38 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=2617 Conhecer os diferentes públicos permite atender de forma personalizada e assertiva a todas as gerações de clientes.

Foi-se o tempo em que as pessoas tentavam resolver todos os problemas por telefone.

Hoje, agilidade e praticidade são  mandatórias, e quem não entendeu  que a transformação digital é um ca­minho sem volta está perdendo uma  boa oportunidade de se aproximar  dos clientes. Basta um clique para  começar a experiência de compra  ou o atendimento, e os primeiros  segundos são decisivos para o  consumidor decidir se vale a pena  ficar ali ou pular para a página do  concorrente.

As empresas que já sacaram a  necessidade dessa conexão com  o consumidor se apropriam de  tecnologias, como a inteligência  artificial e outras ferramentas de  comunicação em meios digitais,  tais como redes sociais, aplicativos  de conversação, chat on-line, etc. É  possível atender individualmente  em cada um desses canais, mas os  especialistas em marketing não reco­mendam. Primeiro, porque o risco  de se atrapalhar e deixar alguém de  lado é grande. Segundo, porque, se o  consumidor optar pela conversa no  WhatsApp num dia e no Instagram  no outro, provavelmente terá de  repetir os seus dados e a sua história inúmeras vezes –ninguém tem  mais paciência com isso. Aí, já sabe:

quando o cliente está satisfeito, ten­de a voltar e promove gratuitamente  a marca, mas o contrário é real e  implacável. Um pequeno deslize  é o suficiente para quem se sentiu  prejudicado “queimar o filme” do  outro – algo muito rápido e difícil  de reverter, mesmo quando injusto.

Inteligência artificial

Velocidade e eficiência são es­pecialidades dos chatbots, softwares  que se comunicam e interagem  com usuários humanos por meio  de mensagens automatizadas. Eles  recebem, classificam e, em muitos  casos, até solucionam as demandas,  gerando economia e valoração das  marcas para as empresas. Além dis­so, ao se livrar de tarefas mecânicas,  os funcionários ganham tempo para  passar por qualificações e, de meros  vendedores, tornarem-se consulto­res, o que garante intervenções mais  estratégicas e coloca a empresa em  outro patamar. Isso porque, apesar  do avanço da inteligência artificial,  em muitos casos a solução do problema depende de um profissional.

Um embate é que as máquinas  trabalham 24 horas, sete dias por semana, mas os humanos que estão  na outra ponta não, o que pode ir­ritar consumidores imediatistas nos  momentos em que não há ninguém  para atendê-los. Para Hugo Santos,  consultor de negócios, palestrante e  autor do livro “O poder da conveniên­cia no atendimento omnichannel”, é  essencial não os deixar no vácuo. “O  chatbot pode informar a esses consu­midores, nos fins de semana ou fora  de hora, que a demanda está anotada  e o retorno acontecerá assim que o  expediente for retomado.”

Esteja onde o cliente quer

Algo que caiu no gosto do povo  é mandar um WhatsApp – por aqui,  então, nem se fala. Segundo a Meta,  empresa controladora do aplicati­vo, 197 milhões de pessoas no país  usam a ferramenta regularmente, o  que representa 99% dos brasileiros  on-line. Para se ter ideia do poten­cial do dispositivo, 80% dos brasilei­ros afirmam que as mensagens são  a forma preferida de se comunicar  com uma empresa, 81% acham  que é mais fácil do que lidar com um site e 79% se sentem frustrados  quando uma instituição não possui  o app de mensagens como opção  de contato.

A Ri Happy, por exemplo, ofere­ce uma consultoria de brinquedos  gratuita pelo WhatsApp. O cliente  só precisa indicar o seu endereço  ao acessar o canal da empresa, e o  chamado é direcionado à loja mais  próxima. No varejo de autopeças,  essa estratégia pode trazer excelen­tes resultados e até evitar a compra  de componentes errados, desde que os vendedores estejam treina­dos para realizar esse atendimento.

Mas não basta papear ou ven­der pelo WhatsApp para levantar a  bandeira da transformação digital,  que precisa alinhar as experiências  virtuais com as da loja física para  criar um atendimento perfeito para  o consumidor. “Seja qual for o canal  de contato, deve ficar claro para o  usuário que ele está falando com  a mesma empresa com a qual se  relaciona presencialmente, seja por  meio do linguajar, seja por meio da espontaneidade e do tom da  conversa”, alerta Hugo, lembrando  que  hoje em dia há, ao menos, 18  canais de comunicação (WhatsApp,  Telegram, aplicativos, etc.), cada  um com sua especificidade na jor­nada do cliente.

Omnichannel

“Omni”, em latim, significa tudo,  enquanto “channel” vem do inglês  e pode ser traduzido como canal.

A estratégia omnichannel consiste  na integração de diferentes canais  de vendas, combinados de forma a  oferecer uma experiência positiva  para o consumidor, tornando o pro­cesso de compra mais simples ao  reduzir ruídos na comunicação. O  atendente chega a ele ciente de sua  jornada, com dados como o número  de vezes em que a pessoa fez conta­to, histórico de vendas, motivação,  encaminhamentos, economizando tempo e paciência de quem está do  outro lado da tela.

O ideal é que o consumidor seja  atendido pelo mesmo canal em que  procurou a instituição e que todos  os processos aconteçam por meio  dele – de nada adianta começar  uma conversa pelo Instagram e  mandar o número do WhatsApp  para dar continuidade, ou pedir  que o cliente envie um e-mail para  formalizar alguma solicitação. “Crie  processos pautados nos 95% de  clientes de boa índole que são fãs  da sua marca, que estão a fim de  comprar de você. Muitas empresas  põem empecilhos com base nos 5%  de mal-intencionados.”

A estratégia omnichannel é mais  eficaz quando vira cultura da em­presa e envolve diversas áreas, do  comercial à tecnologia de informa­ção e marketing, e engana-se quem  acha que só serve para grandes corporações. Nas menores, Hugo  sugere que se eleja um funcionário  para cuidar da área, por exemplo,  aquele que passa mais tempo em  frente ao computador, que ficará  responsável pela distribuição das  demandas.

Quem é o consumidor 4.0?

O omnichannel surgiu como  resposta às necessidades dos con­sumidores 4.0, que levam em conta  toda a experiência de contato com  a empresa, e não apenas produto e  preço. Uma das características mais  marcantes desses clientes é o amplo  acesso à tecnologia – tanto que são  chamados de hiperconectados –, o  imediatismo e o alto grau de exigên­cia. Na maioria das vezes, possuem  mais informações do que o próprio  vendedor, afinal só vão à loja depois  de pesquisar sobre o produto, assistir  reviews e analisar os prós e contras  na opinião de outros consumidores.

Mas não há o que temer, garante  Hugo. “Eles querem velocidade e  bom atendimento, e a melhor for­ma de fazer isso é lembrar que nós  somos como eles. Procure atendê­-los com empatia e busque, logo no  início, entender o que necessitam.”  Importante: o telefone ainda é  considerado um excelente ponto de  contato com o cliente. Inclusive, a  regulamentação do Serviço de Aten­dimento do Consumidor estabelece  como regra que o contato telefônico  esteja disponível por 8 horas diárias  e conte com atendimento humano.

SAIBA MAIS

HUGO SANTOS  instagram.com/hugopalestrando/

(11) 97665-8298

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Educação financeira: benefício essencial https://www.pellegrino.com.br/2023/12/29/educacao-financeira-beneficio-essencial/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=educacao-financeira-beneficio-essencial https://www.pellegrino.com.br/2023/12/29/educacao-financeira-beneficio-essencial/#respond Fri, 29 Dec 2023 20:52:58 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=2466 O endividamento afeta 76,6% das famílias brasileiras e envolve dívidas em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações de carro e da casa. A diminuição de 0,5% no número de devedores em novembro, comparativamente ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pode ser atribuída à abertura de vagas de emprego no fim de ano e ao maior volume de renegociações.

Na faixa de renda média de cinco a 10 salários mínimos, porém, o número de endividados aumentou, e o grande vilão, claro, continua sendo o cartão de crédito, atingindo 87,7% dos devedores. Já aqueles que ganham até três salários mínimos têm o maior percentual de dívidas em atraso (36,6%), que comprometem 31,9% de sua renda.

O endividamento afeta 76,6% das famílias brasileiras e envolve dívidas em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações de carro e da casa. A diminuição de 0,5% no número de devedores em novembro, comparativamente ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pode ser atribuída à abertura de vagas de emprego no fim de ano e ao maior volume de renegociações.

Na faixa de renda média de cinco a 10 salários mínimos, porém, o número de endividados aumentou, e o grande vilão, claro, continua sendo o cartão de crédito, atingindo 87,7% dos devedores. Já aqueles que ganham até três salários mínimos têm o maior percentual de dívidas em atraso (36,6%), que comprometem 31,9% de sua renda.

O endividamento não é comum apenas nas classes sociais menos favorecidas.

Segundo Ricardo Hiraki Maila, CEO e cofundador da Plano, fintech de educação financeira, a inadimplência acontece em todas as faixas de renda e níveis sociais, só que as mais baixas têm menos alternativas para se reequilibrar, com acesso restrito ao crédito. Ou seja, independentemente de quanto recurso a pessoa tenha, seja salário, seja receita ou crédito, o problema é a falta de gestão e planejamento. Um traço comum entre os mais de 40 mil atendidos nos cursos de educação financeira da Plano é a desorganização e o endividamento. Mais de 80% deles não sabem o quanto ganham nem quanto gastam ao longo do mês, o que gera problemas sob o ponto de vista de consumo, especialmente com o cartão de crédito. “A pessoa não sabe o quanto pode desembolsar por mês dentro do orçamento familiar e acaba passando do limite, o que é muito delicado, pois para quitar essa dívida se vale do cheque especial,  do rotativo ou do parcelamento  das compras. Posteriormente, para  cobrir esse rombo, contrata crédito  pessoal e entra no que chamamos  de inércia financeira, ou seja, num  círculo vicioso”, diz o especialista.

Efeitos colaterais

A saúde financeira impacta dire­tamente a saúde mental e física, que  por sua vez se reflete no cotidiano  profissional. Segundo estudos do  Kantar Ibope, 74% das pessoas sen­tem que as suas finanças afetam a  sua saúde mental, enquanto 81%  relatam sintomas físicos causados  por preocupações com dívidas,  incluindo ansiedade e depressão  – esses efeitos negativos afetam di­retamente o ambiente de trabalho.

Em um cenário de superendi­vidamento, o foco da pessoa é a  resolução do problema, o que ine­vitavelmente impacta o seu desem­penho profissional. Some-se a isso as  alterações de humor e a irritabilida­de, que, por sua vez, podem minar as relações interpessoais – em situa­ções extremas, tais desdobramentos  podem até culminar em demissões.

Muitos enfrentam esse desafio  sozinhos, sem pedir ajuda, pois  acreditam que podem superar a  situação por conta própria. Mas há,  também, aqueles que se calam por  vergonha, sentimento que acompa­nha a maioria dos endividados. Em  um universo em que ter dinheiro é  sinônimo de sucesso, a falta dele é  a pá de cal na autoestima e na au­toconfiança, e admitir a dificuldade  em lidar com a situação, ainda que  para buscar saídas, não é nada fácil.

É aí que a empresa pode ajudar.

Segundo Maila, percalços finan­ceiros estão entre os problemas  mais relevantes relatados pelos co­laboradores em pesquisas internas  nas organizações. E, na busca pela  saúde integral, cuidar do emocional  é essencial, afirma o especialista,  destacando a tendência, de cerca de  três anos para cá, de agregar a edu­cação financeira ao rol de benefícios  oferecidos pela corporação. “Isso  ajuda a aumentar a produtividade e  a reduzir a ansiedade, as demandas por aumentos de salário, o absente­ísmo e a rotatividade.”

A partir do momento em que os  funcionários eliminam problemas  financeiros e aprendem a gerir o  seu dinheiro, eles ficam mais com­prometidos com a organização, e o  fato de a iniciativa ter partido do em­pregador resulta em maior retenção  de talentos, já que os colaboradores  reconhecem a preocupação da em­presa com o seu bem-estar.

Ensinar a utilizar ferramentas  para controlar entradas e saídas de  dinheiro, evitando armadilhas como  “parcelamentos sem juros” ou dívi­das no cartão de crédito que podem  levar a obrigações futuras não previs­tas, ajuda a aprimorar habilidades de  administração de recursos.

Mas o benefício não termina aí.

A educação financeira é um meca­nismo para o autoconhecimento e  a tomada de decisões e ainda ajuda  o indivíduo a refletir sobre as suas  necessidades e escolhas, a planejar e  a alcançar metas. Seja para objetivos  de curto prazo, seja para objetivos  de longo prazo, como pagar dívidas,  economizar para uma viagem ou ga­rantir uma aposentadoria tranquila,  um planejamento financeiro adequa­do é fundamental e essencial para  tomar decisões mais estratégicas.

O consumidor “educado finan­ceiramente” só compra o que pode  pagar. Com baixos níveis de inadim­plência no país, fica mais fácil obter  crédito no sistema bancário, há  mais emprego e renda, a economia  gira e todos saem ganhando.

PRA NÃO ERRAR

ESTABELEÇA UM  ORÇAMENTO REALISTA

O orçamento é um mapa que  direciona suas finanças, oferece  uma visão clara de sua renda  e suas despesas e permite o  planejamento de gastos futuros. Sem um orçamento, você está  navegando às cegas, correndo  o risco de gastar mais do que  pode pagar.

GASTE MENOS DO QUE GANHA

Viver acima de suas possibilidades é um erro  que pode levar rapidamente  a dívidas insustentáveis. A facilidade de obter empréstimos  e de usar os cartões de crédito  pode mascarar a realidade de gastar mais do que você ganha.

ENCARE AS DÍVIDAS DE FRENTE

Se não for gerenciada, a dívida  pode se acumular rapidamente. Encare as dívidas de frente, crie um plano de pagamento e, se  possível, considere consolidá-las  em um único empréstimo com taxa de juros mais baixas.

TENHA UMA RESERVA  DE EMERGÊNCIA

Imprevistos podem acontecer  a qualquer momento. Não ter  um fundo de emergência para lidar com despesas inesperadas, como problemas de saúde,  perda de emprego ou reparos  domésticos, pode prejudicar suas finanças. Economizar de  três a seis meses de despesas é  um passo crucial para garantir  que você esteja preparado para  qualquer eventualidade.

INVISTA

Não investir significa perder  oportunidades de crescimento  financeiro. Começar a investir cedo permite que o poder dos  juros compostos trabalhe a  seu favor, criando um caminho  mais sólido para atingir metas financeiras, como a aposentadoria ou a compra da  casa própria.

DIVERSIFIQUE

Concentrar todos os investimentos em uma  única área é arriscado. A diversificação é a chave para minimizar riscos e maximizar oportunidades de retorno. Distribuir seus investimentos em diferentes classes de ativos, como ações, títulos e fundos mútuos, pode ajudar a construir um portfólio mais equilibrado.

PLANEJE A APOSENTADORIA

A aposentadoria é uma fase da vida que exige um planejamento cuidadoso. Deixá-lo para mais tarde pode reduzir significativamente suas opções e segurança financeira futura.

APROVEITE OS BENEFÍCIOS DO EMPREGO

Muitas empresas oferecem benefícios valiosos, como planos de aposentadoria, seguro de saúde e treinamentos sobre educação financeira. Não aproveitar esses benefícios  pode significar perder oportunidades importantes  para economizar e investir.

NÃO CEDA À PRESSÃO SOCIAL

A pressão social pode levar a decisões financeiras impulsivas e prejudicar suas finanças. Priorize suas metas financeiras pessoais e não se deixe influenciar por tendências passageiras.

ATUALIZE SEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Revise e ajuste seu planejamento regularmente para permanecer alinhado com suas necessidades atuais.

PEÇA AJUDA

Quando se trata de finanças, buscar ajuda de um planejador financeiro é um sinal de inteligência, não de fraqueza. Se você está enfrentando desafios financeiros, um profissional da área pode fornecer orientações personalizadas para tomar decisões eficazes. Ao evitar erros financeiros, você pode construir um futuro sólido e alcançar suas metas com confiança e segurança. Lembre-se: aprender com os erros é um passo crucial para o sucesso.

SAIBA MAIS
RICARDO HIRAKI MAILA (PLANO)
planofp.com.br
11 99942-3416

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