Matéria de Capa – Pellegrino https://www.pellegrino.com.br Com mais de 80 anos de atuação, a Pellegrino é uma das mais completas e tradicionais distribuidoras de autopeças do Brasil. Thu, 09 Jan 2025 11:58:09 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 Planejar para crescer  https://www.pellegrino.com.br/2025/01/09/planejar-para-crescer/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=planejar-para-crescer https://www.pellegrino.com.br/2025/01/09/planejar-para-crescer/#respond Thu, 09 Jan 2025 11:58:05 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3530 Quais são as suas metas para 2025? O novo ano é o momento ideal para colocar os planos no papel e criar estratégias eficientes para a sua implantação 

Por Rosiane Moro 

Toda empresa deve estar em constante busca pelo aprimoramento, e o início de um novo ano é a oportunidade perfeita para refletir sobre os resultados alcançados e traçar novas metas. É aquele momento de renovação, carregado de entusiasmo para corrigir o que não funcionou e implementar mudanças. No entanto, para que esse impulso de inovação não esfrie antes mesmo do Carnaval, é fundamental transformá-lo em um planejamento estratégico sólido e bem estruturado. 

Por mais que os empresários sejam naturalmente tentados a criar estratégias para o futuro, é impossível avançar em qualquer ponto do plano sem fazer um diagnóstico preciso da situação atual. Afinal, sem entender claramente o ponto de partida, o planejamento não passará de um simples exercício de adivinhação. Isso significa aguçar o olhar para as principais áreas da organização, como finanças, recursos humanos, vendas, marketing e estoque, e analisar os pontos fortes e fracos de cada uma delas. Também é preciso avaliar a infraestrutura, desde as instalações até as necessidades por novos equipamentos. Vale ainda dar uma espiadinha na concorrência e nas previsões econômicas. 

Uma alternativa é fazer o diagnóstico por meio de questionamentos. “É possível começar a análise pelas dores do negócio: é o estoque que não gira? São os clientes que fazem compras pontuais, mas não retornam? Ou talvez falte controle nos processos financeiros? Responder a essas perguntas ajuda a identificar onde concentrar os esforços”, afirma Julio Amorim, CEO da consultoria empresarial Great Group e autor do livro Escolha vencer: criando o hábito de conquistar sonhos e objetivos

Apesar de trabalhoso, o mapeamento é necessário para evitar gargalos e colocar atenção exagerada em áreas que estão funcionando muito bem ou em aspirações desnecessárias para o momento da empresa. “O planejamento deve ser como uma luva que se encaixa na mão. Não adianta copiar modelos de grandes corporações, é necessário adaptar as estratégias à estrutura e ao tamanho da sua empresa”, alerta o consultor. 

No site da Great Group, há uma ferramenta gratuita chamada Raio X, que faz uma avaliação preliminar da maturidade do negócio e pode funcionar como um ponto de partida para a análise global da empresa. Também é possível utilizar a tradicional análise SWOT, que mapeia os pontos fortes e fracos do ambiente interno e as oportunidades e ameaças do ambiente externo. 

Para negócios mais estruturados e que já têm um banco de dados de desempenho da empresa, a consultora de finanças da rede associativista PitStop, Cristina Soares, sugere o uso da metodologia Balanced ScoreCard, mais conhecida como BSC. A técnica analisa o empreendimento com base em quatro pilares – capacidade organizacional, processos, clientes e finanças – e propõe um entrelaçamento entre cada um dos itens aplicados; por isso, a sua execução é um pouco mais complexa que a SWOT. 

Um cuidado ainda na fase do diagnóstico é envolver a equipe de trabalho no processo. Amorim ressalta que “planejamento sem engajamento não funciona”. Todos os colaboradores, desde os vendedores até os profissionais do operacional, devem ser ouvidos. “Uma atendente pode trazer informações valiosas sobre os clientes que passam na loja. Não subestime a contribuição de quem está no dia a dia do negócio”, reforça o consultor. Para facilitar o processo, formulários ou reuniões específicas podem ser utilizados para coletar ideias e pontos de atenção. 

Metas alcançáveis 

A parte mais difícil de definir metas é ser realista. É fácil converter os sonhos em metas, mas não é fácil converter metas em realizações, e não há nada mais desmotivador do que trabalhar e não alcançar os resultados esperados. “Planejar é fundamental, mas é na execução consistente que muitos falham”, afirma Amorim, apontando que 92% das empresas perdem resultados não por falta de planejamento, mas por dificuldades na implementação. 

Cristina compartilha da mesma opinião. “A fase 2 do planejamento é a criação de um plano de ação, que desenha como tudo o que foi colocado no papel será implementado.” Para isso, a consultora utiliza a técnica do 5W2H, sigla em inglês que condensa as palavras What (o quê), Why (por quê), Who (quem), Where (onde), How (como) e How Much (quanto). Na prática, cada palavra significa uma pergunta: o que será feito?, por que será feito?, por quem será feito?, onde será feito?, quando será feito?, como será feito? e, finalmente, quanto custará?. 

“A dificuldade dos empresários em seguir metas está em que, às vezes, um simples objetivo demanda várias etapas”, comenta Cristina. Como exemplo, ela cita uma meta bem usual, o aumento do faturamento, só que para atingí-lo há uma demanda de várias atividades: capacitar os funcionários, verificar se a precificação está correta, redefinir as margens de lucro, aumentar o mix de produtos, entre outras. “Para um objetivo, há várias tarefas a serem seguidas, e é aí que os empresários abandonam o planejamento.” 

Para isso não acontecer, uma dica do consultor Amorim é ter os pés no chão ao criar o planejamento; afinal, o papel aceita tudo, mas a realidade é bem diferente. “O mapeamento inicial também ajuda a definir o que é factível no momento, quais são as prioridades e o que a minha capacidade operacional e financeira consegue colocar em pé neste momento.” 

Medir, medir e medir 

Para saber se o planejamento e o plano de ação estão funcionando, é preciso estabelecer alguns indicadores, uma espécie de GPS que vai indicar se a empresa está no caminho certo ou não. Porém, para serem eficazes, as métricas instituídas precisam ser adequadas ao tipo do negócio e aplicáveis. “Nada de criar uma infinidade de indicadores apenas para dizer que tem. Os melhores são aqueles que mudam a realidade do negócio”, diz Amorim. 

Para o varejo de autopeças, dois indicadores que Amorim considera como cruciais são o giro de estoque e a retenção de clientes. “É comum captar clientes novos, mas, se eles não voltam, algo está errado. Pode ser o prazo de entrega, a qualidade do produto ou mesmo o atendimento”, explica. Focar esses pontos ajuda a identificar gargalos e a melhorar o desempenho. 

Também é possível utilizar como parâmetro o nível de crescimento mês a mês, o ticket médio de vendas ou por cliente e a rotatividade de funcionários. Cristina explica que é preciso olhar para os resultados com cautela para não cair nas armadilhas dos números. “Muitas vezes, o empresário estabelece que precisa vender determinado valor por mês e realmente atinge essa meta, mas esquece que após a venda tem uma infinidade de contas para pagar; então, o indicador precisa ser pensado para trazer a realidade, e não apenas números isolados que não representam a atividade como um todo.” 

Hora de inovar 

Uma grande oportunidade ao criar um planejamento é expandir o olhar para fora da empresa. Momento de analisar o que pode ser melhorado e onde o empresário ainda não atua. Amorim lista alguns pontos que precisam estar no radar dos executivos em 2025. O primeiro deles é o e-commerce. Não ter uma plataforma de vendas virtual é fechar as portas para uma infinidade de clientes. “Não tem mais a desculpa de que o e-commerce não funciona para mim. Se deu errado é porque houve algum erro no processo. É um caminho sem volta”, destaca o CEO. 

O setor de autopeças está sendo transformado pela digitalização, e ignorar essa tendência pode ser um erro fatal. Amorim destaca que a inovação não é opcional. “Robôs de atendimento já são uma realidade. Usar a tecnologia para prever demandas e oferecer soluções personalizadas pode colocar o lojista à frente dos concorrentes.” Mas ele faz um alerta: a tecnologia não substitui a experiência do cliente. “O uso de robôs deve ser bem planejado, garantindo que não haja falhas no atendimento. Teste tudo antes de implementar.” 

O custo de vida dos brasileiros também precisa ser constantemente analisado. “Quando o orçamento pesa, o consumidor coloca o dinheiro no que é essencial. Compra primeiro a geladeira e deixa a manutenção do carro em segundo plano. Compreender o cenário econômico facilita a compreensão da flutuação de vendas”, destaca Amorim. No mesmo campo entra em cena a reforma tributária, que traz novas regulamentações com impacto nas operações das empresas. Será implementada de forma gradativa, por isso é importante os lojistas, aos poucos, começarem a se preparar para o novo modelo de negócio. “Simular cenários futuros pode ajudar a mitigar riscos e identificar oportunidades”, aconselha. 

Por fim, tenha um olhar atento para a sustentabilidade: integre práticas que beneficiem a comunidade e gerem valor, adote iniciativas que reduzam o impacto 

ambiental e aja com transparência e ética nos negócios. 

Box: 
Dicas para o plano dar certo 

1. Desenvolva a sua equipe 

Um plano só terá sucesso se a equipe estiver engajada com as estratégias do negócio. Crie planos de crescimento e aperfeiçoamento personalizados para os colaboradores. 

2. Cuidados com a saúde física 

Dedicar-se à gestão da empresa é importante, mas é preciso manter o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Reserve espaço na agenda para cuidar da saúde e para momentos de lazer, com amigos e familiares. 

3. Estabeleça as prioridades 

O planejamento aponta para várias frentes de trabalho, e nem tudo precisa aplicado 

imediatamente. Estabelecer prioridades torna o plano mais factível. 

4. Foque a comunicação 

Não basta implantar o planejamento, é preciso comunicar a equipe sobre o andamento do processo e também colher feedback sobre as dificuldades 

encontradas. Lembre-se: o plano é algo que precisa ser constantemente atualizado. 

5. Comemore cada vitória 

Não é fácil seguir um plano; por isso, comemore com sua equipe cada passo conquistado. É uma boa forma de manter a equipe motivada a seguir adiante. 

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Mais do que clientes, parceiros https://www.pellegrino.com.br/2024/12/23/mais-do-que-clientes-parceiros/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mais-do-que-clientes-parceiros https://www.pellegrino.com.br/2024/12/23/mais-do-que-clientes-parceiros/#respond Mon, 23 Dec 2024 20:04:58 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3469

Considerar os clientes como parceiros de negócio ajuda as empresas a construírem relações mais fortes e a compreenderem as preferências de compra, criando soluções personalizadas e eficazes

Por Tatiana de Almeida Prado

Parceria é uma relação baseada em confiança, respeito e colaboração. Normalmente, relacionamos a palavra parceiro a amigos de longa data, casais que se dão muito bem, colegas de trabalho que atuam em sintonia. Mas por que não pensar em clientes como parceiros? Especialmente no segmento de autopeças, no qual a palavra confiança é tão relevante, afinal, as soluções entregues envolvem itens essenciais para a segurança e o desempenho dos veículos.

Atualmente, a experiência do cliente é um dos principais diferenciais para qualquer empresa. Os consumidores não querem ser apenas mais um; eles buscam uma interação única e personalizada. Tratá-los com atenção e respeito, desde o momento em que entram no ponto de venda, é fundamental para criar uma conexão genuína.

Reconhecê-los pelo nome, por exemplo, é um gesto que faz diferença, mas a verdadeira experiência vai além disso. É necessário antecipar as necessidades, entender as preferências e criar momentos que encantem. Ou seja, oferecer uma experiência memorável não é apenas um luxo, mas uma estratégia essencial para a fidelização e o sucesso em longo prazo.

Ao falamos sobre personalização do atendimento, os clientes desejam compreensão de suas necessidades e interações honestas, informativas e simpáticas, além de condizentes com suas expectativas e desejos. Esse é o resultado apresentado no relatório CX Trends 2024, desenvolvido pela Zendesk, empresa de customer relationship management (CRM) e criação de softwares voltados para melhoraro relacionamento com os clientes.

A consultora de marketing e professora de Customer Experience da ESPM, Andréa Naccarati de Mello, concorda. “A comunicação e o atendimento personalizados são importantes para que os clientes se sintam conhecidos e valorizados pelas empresas. No entanto, muitas, ainda hoje, são centradas no produto, criando uma desconexão entre o que elas querem vender e o que os clientes precisam comprar”, explica. E não basta o atendimento ser personalizado, tem que ser humanizado também. Ainda de acordo com o CX Trends 2024, os consumidores desejam um diálogo atencioso, sem um script predeterminado, e querem suas necessidades posicionadas no centro da conversa. “Empresas que constroem relacionamentos duradouros com seus clientes se tornam mais sustentáveis em longo prazo. Com uma base de compradores fidelizados, o custo com prospecção diminui, permitindo focar estratégias de crescimento. Além disso, a confiança estabelecida gera uma reputação positiva e estimula a recomendação espontânea”, afirma Andréa.

Para Rafael Nascimento, diretor de Operações da IndeCX, plataforma de monitoramento de experiência do cliente em tempo real, a estrutura mais enxuta dos pequenos e médios negócios facilita o contato direto com o cliente, permitindo compreender melhor suas preferências e necessidades, o que aumenta sua lealdade e satisfação. “É fundamental, no entanto, se interessar pelo cliente de forma genuína, ter essa vontade de atender bem, ser verdadeiro. Ou essa relação provavelmente não vai se consolidar”, acredita.

Atenção genuína

Até hoje, mais de 50 anos depois, muitos ainda questionam por que os Beatles se separaram em pleno auge da carreira musical. A verdade é que é difícil definir por que uma parceria de sucesso termina, normalmente existem diversos motivos por trás, mas a falta de diálogo, com certeza, influencia no declínio de uma relação. Ao trazemos essa realidade para o universo corporativo, não ouvir o cliente, ou, então, ouvir, mas não dar a devida atenção, pode ser decisivo para o desgaste do vínculo existente entre a empresa e o consumidor.

Quando uma empresa solicita e age com base no feedback, os clientes sentem-se valorizados e envolvidos no processo de melhoria do negócio. Para Rafael, no entanto, a maioria das empresas não está preparada para utilizar essa ferramenta com todo o potencial oferecido. “A partir do momento em que você coleta um feedback, você tem a responsabilidade de melhorar o seu processo, o seu produto, o seu serviço e mostrar para o seu cliente que, sim, isso aconteceu baseado no depoimento dele, reafirmando sua importância para a empresa.

Agora, se você não vai fazer nada com aquela informação, melhor nem coletar.” Uma pesquisa da McKinsey, citada pelo diretor da IndeCX, mostra que 90% dos CEOs acreditam que suas empresas estão alinhadas com as necessidades dos clientes; por outro lado, apenas 15% dos clientes afirmam que as suas expectativas estão sendo atendidas. “Antes de implantar o feedback, que pode ser uma coisa simples no início, como um telefonema ou uma mensagem no WhatsApp, o gestor precisa ter em mente que não basta ouvir – é necessário ter o desejo de implantar mudanças”, diz.

Uma empresa de palavra coloca em prática aquilo que se propõe a fazer, gera credibilidade e confiança no mercado consumidor. “É o que chamamos de walk the talk, isto é, fazer o que se fala”, explica Andréa. Essa abordagem se aplica tanto ao feedback dos clientes, quando as empresas realmente fazem mudanças com base nas opiniões recebidas, quanto aos valores corporativos, como, por exemplo, um negócio que se posiciona a favor de diversidade e inclusão, sustentabilidade e direitos trabalhistas, mas não reflete esses princípios internamente.

Diferencie-se

Em uma parceria de sucesso, ambas as partes saem ganhando. Empresas comprometidas com a experiência do cliente oferecem benefícios que atendem às suas necessidades, ao mesmo tempo em que alcançam os próprios objetivos de negócio. “Tudo o que devemos fazer pelos clientes não é por amor. Isso vale dinheiro”, lembra Rafael.

Diferenciar-se da concorrência é essencial para conquistar e fidelizar consumidores. O diretor da IndeCX explica que o ideal é a empresa se destacar em pelo menos um destes três aspectos para construir uma base sólida de clientes leais: sucesso operacional, redução de esforço e emoção e memória. “O cliente de hoje está sempre aumentando o nível de expectativa dele, então, quando você acha que atingiu um certo nível de excelência, esse cliente já mudou, e você precisa correr atrás dessa nova exigência.”

O sucesso operacional nada mais é do que entregar produtos ou serviços prometidos com qualidade e eficiência, cumprir prazos, garantir o perfeito funcionamento do que foi vendido e oferecer uma experiência sem falhas técnicas. Reduzir o esforço é facilitar a jornada de compra do cliente. Quanto menos tempo e energia ele precisa investir para realizar a compra, resolver um problema ou obter informações, maior é a probabilidade de ele ter uma experiência satisfatória. Já a emoção e a memória estão diretamente ligadas à capacidade de envolver os consumidores em experiências emocionantes que permaneçam em suas lembranças.

Importante lembrar que o vendedor desempenha papel crucial na experiência do cliente porque é a face humana da empresa, interagindo diretamente com o comprador e criando conexões valiosas. “Para isso, a equipe precisa entender o perfil e as expectativas dos consumidores. Ferramentas, como o CRM, ajudam nesse processo porque registram as interações, identificam os problemas e as oportunidades e possibilitam a oferta de um suporte personalizado”, comenta Andrea, ressaltando que o vendedor é a ponta do iceberg de um trabalho apoiado por toda a organização. “O relacionamento com o cliente é como um quebra-cabeça, em que cada peça – do vendedor ao suporte interno – é essencial para formar uma experiência positiva e duradoura”, completa.

Montando o quebra-cabeça

A experiência do cliente vai muito além do momento da compra, englobando todas as suas interações e percepções com a marca, desde o primeiro contato até o atendimento pós-venda. Para Rafael, os processos de pré e pós-vendas são tão importantes, ou mais, do que a própria venda quando se trata de retenção do consumidor. “Relacionamento se constrói no dia a dia, com proximidade e relevância ao longo de toda a jornada do cliente com a empresa. Não tem como fidelizá-lo sem focar estratégias de pós-venda”, reforça Andréa.

De fato, investir no pós-venda parece ser uma grande oportunidade para empresas de diferentes modelos de negócio. Isso porque, segundo uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 85% dos negócios brasileiros nunca contataram o consumidor após uma compra. Além disso, 70% das marcas entrevistadas não têm sequer o cadastro desses clientes. Além de se atentar ao pós-vendas, os negócios precisam acompanhar de perto o que acontece nas mídias sociais. “As pessoas estão comentando sobre as empresas nas redes sociais, no Reclame Aqui, entre outros canais. Por isso, é fundamental monitorar, analisar e tomar medidas para proteger a reputação do seu negócio. Essas informações impactam diretamente a confiança dos atuais e potenciais compradores”, explica a consultora.

Uma das grandes vantagens em ter uma relação de parceria com seus clientes é que eles acabam virando fãs e, consequentemente, garotos-propaganda da marca. “Depoimentos satisfeitos e avaliações positivas influenciam diretamente a opinião das pessoas sobre determinada empresa, seus produtos e serviços. Quando o público se depara com esses elementos, sua percepção tende a se tornar mais favorável, sentindo maior confiança e segurança na escolha. Esse fenômeno, conhecido como prova social, impacta significativamente as vendas, mostrando que as experiências de outros consumidores têm papel importante no processo de decisão de compra”, finaliza Andréa.

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É hora de investir? https://www.pellegrino.com.br/2024/11/11/e-hora-de-investir/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=e-hora-de-investir https://www.pellegrino.com.br/2024/11/11/e-hora-de-investir/#respond Mon, 11 Nov 2024 16:56:27 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=3334 O setor de varejo de autopeças e acessórios vem crescendo, e a projeção é que aumente em 10% as vendas no segundo semestre. O cenário favorável traz boas perspectivas para quem deseja tirar os planos de expansão do papel

Por Thalita Battistin

O mercado de varejo de autopeças e acessórios no Brasil tem mostrado sinais significativos de crescimento, impulsionado por diversos fatores. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de São Paulo, desde 2020, apesar dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, o varejo de autopeças e acessórios registrou um crescimento de 5,6% (dados do Portal da Autopeça). “Esse crescimento foi em parte sustentado pelo auxílio emergencial, que injetou bilhões na economia e ajudou a manter o consumo em alta”, destaca o consultor de negócios do Sebrae-SP, Reginaldo Aparecido de Oliveira. De acordo com os dados do FIDEM Bank e Auto Indústria, em 2021, o setor continuou a se recuperar, com projeções indicando um aumento no faturamento líquido de 14,6%, atingindo R$ 142,6 bilhões, uma melhora em relação aos R$ 124,5 bilhões de 2020. “Esse crescimento foi atribuído à recuperação gradual das operações das montadoras e à alta demanda no mercado de reposição”, explica Reginaldo.

Em 2022, o crescimento da área se manteve, com o aumento de 6,1% no faturamento, alcançando R$ 202,7 bilhões (dados da Automec). A produção de veículos também contribuiu para essa expansão, com um aumento esperado de 10% na produção de veículos em comparação ao ano anterior. “Adicionalmente, a frota de veículos envelhecida no Brasil, em que uma parte significativa dos automóveis tem mais de 12 anos, também tem impulsionado a demanda por peças de reposição. Esse cenário sugere que a manutenção de veículos mais antigos continuará a ser um fator crucial para o crescimento do setor de autopeças nos próximos anos, viabilizando oportunidades de crescimento para a área”, revela Reginaldo.

Esse movimento também é percebido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças-SP) e suas associadas. O presidente da entidade, Heber Carvalho, destaca que um fator predominante no mercado do varejo de autopeças e acessórios é o constante aumento de veículos usados que precisam de manutenção preventiva e emergencial. Isso fez com que o setor tivesse um crescimento representativo a partir desse ano. “Acredito que agora, no segundo semestre de 2024, teremos um crescimento de 10% nas vendas. O momento é oportuno para aqueles que querem investir no mercado de autopeças, haja vista que grandes empreendedores estão se ajustando e investindo no setor.”

Com os bons ventos, pode ser o momento ideal para proprietários de pequenas e médias empresas investirem e expandirem seus negócios. Mas como saber o que

fazer para crescer? Quais são os indicadores que mostram que é hora de ampliar o seu comércio? Como se organizar internamente? Segundo a consultoria e aceleração em expansão de negócios Goshen Land, a primeira coisa para fazer o processo de expansão da empresa é olhar as potencialidades, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças. “A famosa análise SWOT – técnica de planejamento estratégico – ou qualquer outra ferramenta mercadológica moderna que te mostre onde estão as oportunidades de crescimento e quais são as fraquezas internas que precisam ser corrigidas e também onde estão as fortalezas internas que podem ser potencializadas”, explica o CEO da Goshen Land, Dema Oliveira.

Para o Sebrae-SP, esse processo de expansão começa pela análise de mercado, pela realização do modelo e plano de negócios e pela interação com entidades do segmento de autopeças. “Essa mudança de comportamento neutraliza a análise intuitiva que representa maior risco para o empresário e o leva à tomada de decisão baseada em dados econômicos, projeções de mercado que reduzem o risco atrelado ao processo de expansão, inclusive a própria inteligência artificial pode auxiliar nesse objetivo”,diz Reginaldo.

Hora de investir

Não há uma regra para a hora exata de investir, porque depende do comportamento do empreendedor. “É quando você percebe como empresa que precisa faturar mais, tem concorrentes levando seus clientes por falta de disponibilidade de produtos e serviços, ou, principalmente, quando percebe que com poucos movimentos conseguiria vender mais seus produtos e serviços”, afirma Dema.

Uma dica é realizar a política de expansão com projeções baseadas em estudos. Isso auxilia na tomada de decisão e, consequentemente, na identificação do início da ampliação do negócio. Ter conhecimento do mercado automotivo e saber escolher seus fornecedores são outros dois fatores a serem levados em consideração.

Dinheiro na mão

Todas as vezes que iniciamos um novo projeto é importante olhar se vai ter tijolos suficientes para construir o imóvel. A questão do capital está atrelada às projeções que foram realizadas por meio do plano de negócios e por meio da gestão econômica e financeira que sinalizará se será com recursos próprios ou de terceiros (financiamentos). “Essa situação exigirá maior atenção do empresário, que deverá optar por linhas de médio e longo prazo. Importante buscar atendimento com os bancos de fomento como o Desenvolve-SP e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da instituição financeira que já atende à empresa”, indica Reginaldo.

Análise do mercado

A expansão dos negócios no setor de autopeças e acessórios é semelhante aos outros setores. Precisa ter conhecimento dos produtos e sempre comprar bem. Tem que levar em conta a disponibilidade financeira para ser investida. A avaliação tem alguns pontos: giro rápido, qualidade dos produtos e preço competitivo. “Não podemos deixar de explicar que o consumidor hoje está mais agressivo na hora de comprar. Quase sempre já tem o preço pela internet. O balconista tem papel fundamental na hora de negociar, sempre buscando oferecer qualidade, bom atendimento e garantia nahora certa”, destaca Heber.

Setor em alta

As pequenas e médias empresas poderão aproveitar as oportunidades e se ajustar para ficarem mais competitivas. É evidente que tudo isso tem que ser pensado

para investir nos produtos certos e aproveitar a demanda de oportunidades. Uma delas é o uso da internet, que facilita a busca pelos clientes de novos produtos, normalmente, com informações técnicas e precisas que ajudam em uma venda segura.

De olho na concorrência

Saber o quê e como o vizinho trabalha é um ponto importante para a expansão. A análise da concorrência é feita por meio de pesquisas, listando quais são as empresas do mesmo segmento na região, como exercem o trabalho, como cobram, como atendem, o quanto têm de força e de fraqueza. Essas informações são cruzadas com o novo negócio para saber se precisa melhorar ou ajustar algum ponto.


Região para expandir

É muito importante olhar com atenção para alguns pontos na hora de escolher o local da loja: proposta de valor, segmentação, canais, parcerias principais, fontes de receita

e de custos e concorrência. Além disso, outros critérios precisam ser avaliados, como zoneamento urbano, facilidade de estacionamento, acessibilidade e regiões de grande

densidade demográfica. “Fica a dica também da localização ser próxima de outros serviços, como escolas, hospitais, cadeia de suprimentos, etc., que poderão impulsionar as vendas e tornar a escolha do local promissora e rentável”, diz Reginaldo.

Quando não investir

Essa regra independe do setor em que será feito o investimento. O lojista deverá ter cautela quando o negócio não estiver organizado internamente, especialmente se não há processos definidos, controle financeiro e econômico, se tem dificuldades na formação de preço e não conhece seu ponto de equilíbrio. Nesse caso, poderá até visualizar oportunidades, porém não terá maturidade suficiente para que as novas decisões sejam sustentáveis e paguem o investimento realizado, visto que terá dificuldades com o tema mais importante: planejamento.

SAIBA MAIS

DEMA OLIVEIRA

www.goshenland.com.br

SEBRAE– SP

www.sebraesp.com.br

SINCOPEÇAS

www.portaldaautopeca.com.br

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Seu estoque a um clique de distância https://www.pellegrino.com.br/2024/08/07/seu-estoque-a-um-clique-de-distancia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=seu-estoque-a-um-clique-de-distancia https://www.pellegrino.com.br/2024/08/07/seu-estoque-a-um-clique-de-distancia/#respond Thu, 08 Aug 2024 00:43:11 +0000 https://www.pellegrino.com.br/?p=2982 Praticidade, segurança, agilidade e ofertas especiais são algumas das facilidades oferecidas pela plataforma on-line da Pellegrino

Por Rosiane Moro

A praticidade das transações on-line ultrapassou as barreiras das compras pessoais e tem movimentado também as relações entre as empresas e seus fornecedores. Conhecidas como plataformas business-to-business (B2B), esses ambientes digitais oferecem comodidades em comparação com as compras presenciais ou por telefone porque conectam de forma rápida e eficiente os clientes com os vendedores, oferecendo, além dos produtos, soluções logísticas, facilidades de negociação financeira e serviços complementares.

A modalidade recebe cada vez mais adeptos dentro e fora do Brasil. Segundo estimativas da Grand View Research, o mercado global de e-commerce B2B deve crescer cerca de 18,2% ao ano entre 2024 e 2030. No Brasil, em 2023, as operações na modalidade corresponderam a R$ 24 bilhões, representando uma boa fatia das vendas mundiais, que chegaram a US$ 19 trilhões.

A plataforma Compre Online da Pellegrino faz parte desse cenário em expansão há mais de cinco anos. Desenvolvido pela equipe interna do setor de tecnologia, o canal de vendas virtual oferece várias funcionalidades. “Nosso diferencial é ter uma plataforma totalmente customizada para as necessidades dos clientes da Pellegrino, e os números comprovam o sucesso do canal, com cerca de 400 mil acessos por mês”, conta a gerente de Canais Digitais, Fabiana Cardoso.

As vantagens começam com a oferta completa do portfólio de produtos da casa, com informações técnicas, fotos e instruções de aplicação, podendo ser adquirido em qualquer horário do dia, inclusive aos fins de semana. Para facilitar a compra da peça certa, a busca de produtos pode ser feita por código, marca, categoria, montadora, veículo, modelo, ano e placa. “Em caso de a peça solicitada estar indisponível, o cliente pode acionar o botão ‘avise-me’ para ser informado sobre a chegada do item ao estoque”, observa Fabiana.

Há ainda espaço de destaque para as peças com preços especiais e para as campanhas promocionais de fornecedores parceiros, tudo para ninguém perder as boas opor- tunidades de descontos, com as ofertas divididas por marca e com o percentual da redução devidamente exposto. Pelo portal, o cliente pode também comprar produtos de qualquer filial da Pellegrino no Brasil, com a informação imediata dos valores a pagar, de acordo com a tributação de cada estado, ou seja, sem surpresas na fatura.

A plataforma tem uma área de- dicada às transações financeiras, em que é possível definir a melhor forma de pagamento para o pedido, seja PIX, seja cartão de crédito ou boleto a prazo. “Além de ter acesso aos boletos de todos os pedidos, o cliente consegue acompanhar diariamente o saldo disponível para compras, facilitando o planejamento de estoque, e ainda realizar outras negociações”, destaca a gerente.

Uma funcionalidade do portal muito valorizada pelos clientes da Pellegrino é o espaço das peças em garantia, que oferece a possibilidade de abertura de processos de forma rápida e prática. Basta enviar via sistema a documentação solicitada e aguardar a análise do pedido, acompanhando passo a passo as etapas do processo, inclusive o saldo. Outra possibilidade do ambiente digital é a adesão às campanhas de cashback. Pelo próprio computador, o cliente consegue visualizar as marcas e os produtos que participam do programa de recompensas, acompanhar sua performance na ação por meio do extrato de pontos e utilizar os seus créditos para pagamentos.

Depois de realizada a compra, o sistema possibilita o rastreamento dos pedidos em tempo real, com ativação de alertas via WhatsApp. Quem desejar, pode habilitar a re- tirada de mercadorias diretamente nas filiais por meio do número gerado pelo token. “Os clientes têm aderido ao sistema de forma espontânea justamente pela facilidade e transparência das transações. O crescimento de usuários em 2023 foi de 60% em comparação com os dados de 2022”, diz Fabiana.

Importante ressaltar que o sucesso da plataforma se deve especialmente à participação de um grupo de clientes no desenvolvimento das funcionalidades, que testa, critica e sugere mudanças no processo. “A experiência do cliente é fundamental para fazermos as constantes melhorias no sistema. Qualquer novidade da plataforma antes de ser liberada para uso passa pelo crivo desse seleto grupo, que analisa cada detalhe”, conta a gerente. O grupo atualmente está trabalhando no aprimoramento de algumas funções, que em breve estarão no ar.

Suporte ao cliente

Apesar de oferecer autonomia nos processos, o cliente jamais está sozinho. Além do canal de contato aberto com a Pellegrino, o vendedor acompanha pessoalmente cada transação realizada. “A plataforma facilita muito o nosso relaciona- mento com o cliente porque ele consegue fazer os pedidos triviais sem necessitar do nosso atendimen- to, com isso a gente ganha tempo para trabalhar estrategicamente o negócio dele, analisando os me- lhores momentos para compra, a utilização dos saldos de crédito, as soluções de garantia, entre outras tarefas”, comenta a vendedora Edna Salgado Chicano, da filial São Paulo.

Tudo que é novidade, às vezes enfrenta algumas resistências; por isso, Edna procura sempre esclare- cer as facilidades do portal para os seus clientes, auxiliando desde o momento da solicitação de acesso à plataforma até dicas de uso mais específicas, como a possibilidade de utilizar o estoque da Pellegrino como se fosse o dele. “Com isso, o cliente do lojista nem fica sabendo que ele não tinha a peça à disposi- ção no momento da venda. Basta ele olhar no nosso sistema, retirar a peça diretamente na filial e entregar para o cliente. Tudo muito simples e fácil de utilizar.”

A vendedora também procura ficar atenta aos créditos dos clientes na plataforma porque alguns esquecem de olhar a conta. “Outro dia o cliente tinha mais de R$ 1 mil de crédito e nem tinha visto. Também costumo avisar quando as promoções entram em vigor, assim vamos criando uma relação de confiabilidade.” Trabalhando na Pellegrino há nove anos, Edna percebe o quanto a plataforma facilitou o trabalho da equipe de vendas, já que antes do processo automatizado eles precisavam atender a cerca de 40 ligações por dia. “Agora conseguimos ter longas e produtivas conversas com os clien- tes, sem deixar ninguém esperando para ser atendido”, destaca.

Cliente satisfeito

A Salber Comércio de Peças e Acessórios, de São Paulo, é um dos clientes que utiliza regularmente a plataforma virtual da Pellegrino. “Compro peças de várias distribuido- ras e posso dizer sem medo de errar que é o melhor canal de vendas do mercado automotivo e digo isso até para os concorrentes da Pellegrino. O sistema é fácil de usar e superin- tuitivo”, destaca o gerente Wesley da Cruz Rocha. Uma das comodidades que ele mais gosta é a possibilidade de consultar a peça em destinos di- ferentes sem precisar sair do sistema e acessar outra plataforma, algo que os concorrentes não oferecem.

Dentro da Salber, a plataforma da Pellegrino fica ligada 24 horas. “Uso o sistema como se fosse o nosso próprio estoque. Ali consigo ver os preços dos itens para oferecer prontamente para o meu cliente e ainda conto com a facilidade de entrega no mesmo dia, dependendo do horário do pedido”, comenta Rocha. O gerente também aproveita a plataforma para participar e aproveitar as campanhas promocionais, como as da Bosch e da Nakata, e acompanhar de forma estratégica o pagamento das suas compras. “Faço tudo pelo sistema, é tão fácil, que praticamente nem falo com o vendedor”, finaliza

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A disciplina como rotina https://www.pellegrino.com.br/2024/03/14/a-disciplina-como-rotina/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-disciplina-como-rotina https://www.pellegrino.com.br/2024/03/14/a-disciplina-como-rotina/#respond Thu, 14 Mar 2024 14:42:53 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=2571 Escolhas diárias transformam empresas medianas em vencedoras. A criação de padrões de trabalho aumenta a produtividade, a inovação e a agilidade nas entregas.

Lionel Messi e Neymar têm muito em comum: são brilhantes em campo, capazes de fazer dribles e gols extraordinários e já fincaram seu nome na história do futebol mundial. Mas existe algo que os separa: enquanto Neymar se envolve em polêmicas fora de campo, seja

por ausência em treinamentos, seja por questões relacionadas à conduta, Messi é sinônimo de consistência, profissionalismo e comprometimento, características que se refletem em sua carreira estável e repleta de títulos. É a disciplina do argentino que faz toda a diferença, e fora das quatro linhas também.

Em seu livro “Empresas feitas para vencer”, o americano Jim Collins, consultor de gestão de empresas e eleito pela revista Forbes como uma das 100 maiores mentes vivas da área de negócios, afirma que ser fanático por disciplina é essencial para conseguir alcançar metas dentro de uma empresa, e de nada adianta um ótimo planejamento ou estabelecer objetivos coerentes se os colaboradores não levarem a sério e não trabalharem com verdadeiro afinco para pôr em prática o planejado. Mas como chegar a esse grau de excelência?

Liderança depende de disciplina.

Definir disciplina pode ser uma tarefa desafiadora, uma vez que essa virtude, competência ou habilidade varia conforme o padrão estabelecido em diferentes contextos culturais. O que é considerado disciplina em um lugar pode não ser o mesmo em outro. Nesse contexto, surge a questão crucial: a importância do padrão na construção e compreensão da disciplina. Um exemplo é a pontualidade em diferentes países. Se, por um lado, no México, ela pode ser entendida como chegar com meia hora de atraso, no Japão, espera-se que as pessoas cheguem, pelo menos, cinco minutos antes. Essa variação cultural ressalta a relatividade da disciplina, que está intrinsecamente ligada aos padrões estabelecidos em uma determinada sociedade. Segundo Edson Nagamachi, diretor- geral sênior para a América Latina da Consultoria Honsha, especializada na redução de custos pela eliminação de desperdícios, sem padrão torna-se difícil identificar se há ou não disciplina.

“Padrões claros estabelecem referências que permitem avaliar o comportamento em relação às expectativas. A ausência de padrões leva à falta de compreensão sobre o que é considerado disciplinado em um determinado contexto.” Outro aspecto relevante é o compromisso com o modelo estabelecido. Seja na vida pessoal, seja na vida profissional, a disciplina é construída quando há um comprometimento em seguir e manter os padrões definidos. Essa aderência cria uma base sólida para a disciplina, pois as pessoas têm uma referência clara do que é esperado delas. A disciplina, aliada ao padrão, desempenha um papel vital no desenvolvimento pessoal e profissional. Estabelecer metas e regras de desempenho cria uma estrutura para alcan­çar objetivos. O compromisso com  esses padrões reflete não apenas a  disciplina individual, mas também  impacta positivamente a eficiência  e a eficácia nas atividades diárias.

O próximo passo é criar uma rotina que leve à repetição até se  tornar um hábito – isso é aderência,  e, sem ela, não há disciplina que  vingue. Nagamachi dá o exemplo de  uma pessoa que está acima do peso,  mas só busca ajuda para emagrecer  quando enfarta e põe cinco pontes  de safena. A busca por profissionais  especializados, como educadores  físicos e médicos, é apontada como  o segundo passo. O indivíduo inicia a  criação de uma estrutura para alcan­çar os seus objetivos, estabelecendo  padrões de exercícios e alimentação.

O terceiro ponto é um desafio: ter  a receita em mãos não é suficiente  para baixar o ponteiro da balança – é preciso comprometimento para  seguir as orientações. A aderência, nesse contexto, é essencial para  garantir que os esforços produzam  resultados tangíveis. A resolução de  problemas emerge como o quarto  passo: superar desconfortos físicos  ou lesões decorrentes do novo  estilo de vida. Se o indivíduo consegue fazer tudo isso,  mantém a aderência e cria um hábito que o leva à  disciplina.

Desacredite no sucesso alcançado

Para Collins, ser líder é a arte de  garantir que as pessoas queiram fazer  o que deve ser feito. E, “com exce­ção de algumas aberrações que já  nascem líderes”, o americano afirma  que a maioria das pessoas aprende  a ser um. Para o consultor, o que  diferencia o líder de uma grande  empresa de um de uma empresa  apenas boa é a humildade.

Desenvolver a humildade é um  trabalho árduo e profundo de auto­conhecimento, porque é inerente ao  ser humano a competição, a inveja,  o querer ser melhor que o outro,  reflete Cely Ades, empreendedora,  consultora e professora da Fundação  Instituto de Administração (FIA/ SP). Para ela, a humildade pode ser  apenas uma máscara, por exemplo,  já que muitos se gabam da postura  humanizada, da capacidade de  escuta, mas se incomodam quando  alguém dá uma ideia melhor que a  sua.  “Só percebo isso se me debruço  nas experiências que me afetam; se  entendo que se algo me incomodou,  o problema é meu, e não do outro. A vaidade e o narcisismo empacam qualquer processo.”

A liderança inspiradora, baseada  na influência positiva, emerge como o  caminho para construir credibilidade  e alcançar o verdadeiro engajamento  da equipe. Já aqueles que, por arro­gância e orgulho, agem como donos  da verdade, põem tudo a perder –  inclusive suas próprias carreiras. A figura do líder vai além da gerência  do cumprimento de tarefas e metas  – é alguém capaz de inspirar não  apenas com palavras, mas com ações  concretas, trazendo propósito, visão e  missão, além de estabelecer senso de  urgência e criar padrões claros.

Mas, em muitas organizações,  a presença de líderes autocráticos  tem se tornado um desafio para a  inovação e o desenvolvimento cola­borativo. Quando o chefe tem uma  preferência clara por suas próprias  ideias, os funcionários hesitam em  compartilhar suas sugestões, criando  um ambiente no qual a inovação  morre antes mesmo de surgir. A  competitividade interna nas empre­sas também é um fator complicador,  já que muitas vezes está atrelada  à apresentação de sugestões. Essa  dinâmica pode levar a uma competi­ção prejudicial, com um boicote sutil  e potencialmente malévolo. O líder,  mesmo ouvindo as ideias – talvez  melhores que as suas – muitas vezes  as ignora ou desconsidera, criando  um ambiente de desconfiança e  desmotivação entre os membros da equipe. Esses profissionais, mesmo  com ideias brilhantes, podem minar  o potencial criativo da equipe se não  cultivarem um ambiente que valo­rize e incentive a contribuição de  todos. O desafio está em equilibrar  a liderança forte com a humildade  e a abertura, criando uma cultura  organizacional que promova o flo­rescimento de ideias diversas.

Poder da mente

No universo complexo da lide­rança, um aspecto muitas vezes  negligenciado é a importância da  disciplina mental. Para ser um líder  eficaz, a jornada começa interna­mente, na habilidade de direcionar  os próprios pensamentos. É nesse  contexto que surge a necessidade  de liderar a si mesmo antes de liderar  os outros. Cely relata que, antes de  se tornar uma pessoa disciplinada,  enfrentava desafios devido à sua  hiperatividade mental. “Aqui, reside a liderança primordial: aquietar a  mente, semear o silêncio e retomar  o controle sobre os próprios pensa­mentos. Ao compreender as causas  de minha indisciplina, percebi que  a liberdade aparente de agir sem  restrições gerava angústia, revelan­do uma rebeldia contra a ordem da  vida”, admite Cely.

A disciplina, longe de ser uma im­posição rígida, tornou-se uma aliada  na busca pela felicidade e trouxe à  tona a compreensão de que, ao estar  no controle e organizar a vida de  acordo com os objetivos pessoais,  surge a sensação de realização e  contentamento. “Ao liderar a mim  mesma, fortaleço minhas capacida­des de liderança externa e contribuo  para um ambiente mais colaborativo  e harmonioso”, reflete a especialista.

Disciplina x criatividade

A relação entre disciplina e  criatividade é essencial para o su­cesso das organizações. Enquanto  a disciplina proporciona estrutura e  padrões, a criatividade impulsiona  a melhoria contínua e a inovação.

Integrando esses elementos, as em­presas podem evoluir sem perder a  consistência e evitam tornarem-se  obsoletas ao longo do tempo. O gol  está em seguir padrões estabelecidos  e buscar constantemente maneiras  de aprimorá-los. Esse equilíbrio,  quando bem gerenciado, resulta  em organizações mais eficientes,  inovadoras e adaptáveis.

Um exemplo é a filosofia de me­lhoria contínua adotada pela Toyota,  que mescla  criatividade e disciplina.

A empresa japonesa busca aprimorar  seus processos de forma contínua,  mas sempre alinhada a padrões bem  estabelecidos -– a máxima “toda vez que você melhora, se não padroni­zar, o negócio volta pra trás” resume  a essência dessa abordagem. Segun­do Nagamachi, ao buscar inovação,  a Toyota compreende que a padro­nização é fundamental para garantir  que os avanços sejam mantidos ao  longo do tempo. A dicotomia se ma­nifesta na necessidade de equilibrar  a liberdade criativa com a rigidez dos  padrões operacionais. Contrariando a ideia de que a  criatividade pode ser totalmente  livre, os profissionais da montadora  enfatizam que ela depende também  da disciplina. A criatividade não é  desenfreada, mas direcionada para  melhorar padrões existentes. Essa  abordagem estruturada evita a ale­atoriedade, canalizando a energia  criativa para aprimorar processos.

Um exemplo prático dessa meto­dologia é a criação e o aprimoramen­to de instruções de trabalho. Mesmo  que a primeira versão seja primária,  os colaboradores são encorajados a  documentar o processo. Essa etapa,  chamada de “como ela é”, permite  identificar primitivismos e ineficiên­cias no método de trabalho. A seguir,  o colaborador é estimulado a sugerir  melhorias. Operadores, frequen­temente os mais conscientes das  dificuldades diárias, são convidados  a expor problemas e fornecer ideias  para aperfeiçoar suas tarefas.

Após a implementação das me­lhorias sugeridas, a etapa seguinte  é a padronização. O novo método é  documentado e congelado, impedin­do retrocessos. Essa sistemática cria  uma cultura de melhoria contínua,  em que cada ganho é consolidado  e cada padrão aprimorado. Essa  abordagem não apenas evita a  estagnação, mas também promove um ambiente no qual a criatividade  é valorizada e direcionada para re­sultados mensuráveis e sustentáveis.

Outro exemplo perfeito da inter­secção entre disciplina e criatividade  são as escolas de samba. Ao longo de  quase um ano, elas dão asas à ima­ginação para criar o samba-enredo,  escolher os principais destaques,  confeccionar as fantasias, etc. Desde  os ensaios, fica claro que ali não  cabe individualismo: todos estão em  busca do mesmo objetivo, um desfile  arrebatador que garanta o título de  campeã do Carnaval.

As normas, rígidas, têm de ser  seguidas ao pé da letra. Aliás, o que  não faltam são regulamentos, a co­meçar para o concurso de seleção  do samba-enredo. Quem vai desfilar  só pode ter um determinado número  de faltas nos ensaios, e se estourar  cai fora – a lista de determinações é  longa e ainda existe o manual que re­gulamenta cada passo das escolas na  avenida. Descrevendo assim, parece  difícil imaginar que, na hora H, aquela  turma toda vai se sentir soltinha para  batucar, dançar, rodopiar e deixar a  plateia de queixo caído. Pois, acredite,  a mágica acontece justamente por  conta dessa disciplina e de pessoas­chave com funções burocráticas, que  garantem que os foliões se desfilem  no espaço e tempo previstos.

SAIBA MAIS

CELY ADES – FUNDAÇÃO INSTITUTO DE  ADMINISTRAÇÃO (FIA)

(11) 98142-1133

EDSON NAGAMACHI – DIRETOR GERAL SÊNIOR  – HONSHA AMÉRICA LATINA

(11)  97130-4522

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O futuro é agora! https://www.pellegrino.com.br/2023/12/29/o-futuro-e-agora/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-futuro-e-agora https://www.pellegrino.com.br/2023/12/29/o-futuro-e-agora/#respond Fri, 29 Dec 2023 20:34:15 +0000 https://pellegrino.com.brr/?p=2455 Em um mercado globalizado e dinâmico, investir em inovação e tecnologia é fundamental para que as pequenas empresas se tornem mais competitivas e sustentáveis. De olho nos insights do festival HackTown 2023, que discutiu o futuro do negócio brasileiro, convidamos especialistas para falar sobre como essas tendências podem ajudar na longevidade da sua empresa.

Desde sempre, os humanos  tentam prever o futuro. Os  chineses tinham o I Ching.

Os oráculos gregos preferiam procu­rar respostas nas entranhas de ani­mais. Quem nunca ficou impressiona­do com as profecias de Nostradamus?

Saindo do plano místico, temos,  atualmente, as chamadas agências  de tendência. A mais famosa delas, a  WGSN, contextualiza pesquisas glo­bais, dados e conhecimento aprofundado sobre a indústria para oferecer  previsões e análises estratégicas para  o desenvolvimento, planejamento e  comercialização de produtos.

Por aqui, tivemos em agosto de  2023, na cidade de Santa Rita do  Sapucaí (MG), o festival HackTown,  com a proposta de construir deba­tes e diálogos sobre o futuro dos  negócios brasileiros por meio de  palestras, meetups, workshops e  showcases, experiências imersivas e exposições. Foram discutidos  temas como inteligência artificial,  meio ambiente, economia criativa,  robótica, saúde mental, análise  de dados, ciência, marketing e  entretenimento.

Entender como as tendências  do futuro afetam profundamente  os negócios deve estar no radar de  qualquer empresário. Para Samantha  Mazzero, professora da FIA Business  School, em geral, pequenas empresas têm consciência da importância  de pensar sobre o futuro do empre­endimento, porém nem todas têm  recursos, financeiros, ou mesmo  humanos, para investir em um  planejamento de forma estratégica.

“Em diversas situações, o pequeno  empresário se limita a agir ou a reagir  de forma mais focada em lidar com  demandas imediatas e de curto pra­zo. É um paradigma que precisa ser  superado para o desenvolvimento e crescimento coordenado e sustenta­do do negócio”, explica.

Embora temas como diversi­dade, sustentabilidade, ESG (sigla  em inglês para ambiental, social e  governança), inteligência artificial,  internet das coisas, 5G e saúde  mental estejam em destaque nas  grandes mídias, empresas menores  tendem a acreditar que são pautas  mais relevantes para as grandes cor­porações. “No entanto, há um cres­cente reconhecimento de que esses  aspectos também são importantes  para a cultura e o crescimento das  pequenas empresas, que têm se  organizado melhor com seus recur­sos, ainda que mais limitados, para  implementar em suas atividades  cotidianas”, diz Samantha.

Quando o assunto é tecnologia,  a professora da FIA acredita que  pequenas empresas podem e devem  se preparar para mudanças inves­tindo em educação e atualização  constante. “Isso inclui entender as tendências do setor em que atua,  adotar ferramentas digitais que  possam otimizar processos e estar  aberto a parcerias ou colaborações  que ajudem na adaptação a novas  tecnologias”, avalia. 

Para a professora, pequenas e  médias empresas têm potencial  para entregar soluções inovadoras  e, inclusive, ditar tendências no  mercado. Mas como se colocar à  frente? Em primeiro lugar, man­tendo uma mentalidade aberta à  experimentação. “A capacidade de  identificar lacunas e oferecer solu­ções exclusivas pode permitir que  pequenas empresas se destaquem  e influenciem o mercado. De modo  geral, elas têm potencial para se  adaptar e inovar, desde que invis­tam em planejamento estratégico,  estejam atentas às tendências e se­jam ágeis na resposta às mudanças  nos cenários”, ensina.

Já que “pensar fora da caixa” é  preciso, discutimos com três especialistas alguns insights do HackTown  2023 que podem ser interessantes  para o seu negócio.

Mazzero: “Qualquer empresa tem potencial para inovar, desde que invista em planejamento, esteja atenta às mudanças e seja ágil nas respostas”

Assis: “É preciso que cada negócio entenda em que ponto a tecnologia
pode funcionar como uma facilitadora de processos”

Inteligência artificial e 6G

Não se pode falar sobre o futuro  e deixar de lado as inovações tecno­lógicas. Durante o HackTown 2023,  tópicos bastante discutidos foram  inteligência artificial (IA) e teleco­municações (já mirando o 6G).

A IA envolve inúmeras questões  complexas, relacionadas à ética,  necessidade de regulamentação e  deep fake, mas não se pode negar o  seu notável potencial para transfor­mar a sociedade e os negócios no  Brasil. O tema telecomunicações  também foi amplamente discutido  em diversos painéis, abordando os  principais desafios enfrentados pelo  5G e como o 6G liderará a resolução  desses problemas.

Aproveitamos para bater um  papo com Elói Assis, diretor-exe­cutivo de Varejo e Distribuição da  TOTVS, sobre tecnologia, focando principalmente a realidade das  pequenas empresas brasileiras. De  acordo com ele, ainda existe no  meio empresarial dúvidas sobre  como usar a tecnologia para ajudar  nos desafios de crescimento de ven­das e na melhoria da lucratividade  e, adicionalmente, insegurança  quanto aos investimentos. “Muitos  ainda acreditam que para adquirir  tecnologia terão que investir muito  capital, quando na verdade há dife­rentes modelos de comercialização,  inclusive por assinatura”, explica,  lembrando que, atualmente, o núme­ro de soluções disponíveis se adequa  aos mais variados perfis e modelos  de negócios, a fim de incrementar a  atuação e apoiar os pequenos em­presários a inovarem cada vez mais.

É preciso, porém, que cada  negócio entenda em que ponto a  tecnologia pode funcionar como  uma facilitadora de processos.

E mesmo tópicos que parecem  distantes, como 6G e IA, irão,  em longo prazo, potencializar os resultados das organizações. “A  inteligência artificial, por exemplo,  pode ser aplicada a uma série de  processos que envolvem análise de  informações, funcionando como  apoio para a tomada de decisões,  obtenção de insights, previsões  e alertas sobre as tendências de  negócio. Aqui, o céu é o limite, e  novas possibilidades estão sendo  descobertas todos os dias”, conta.

Sustentabilidade e meio ambiente

É claro que questões como susten­tabilidade e meio ambiente estiveram  em alta durante o evento. Não é mais  novidade que a adoção de práticas  ESG oferece uma série de vantagens  para as empresas, reduzindo custos,  fidelizando clientes e melhorando a  imagem diante os compradores.

José Guilherme Azevedo, sócio  da ESG Soluções, um hub de conhe­cimento e soluções práticas em ESG  para pequenas e médias empresas,  afirma que os empresários estão  atentos à temática, mesmo que ain­da não utilizem esse nome no dia a  dia do negócio. Afinal, princípios  básicos, como respeito ao meio  ambiente e aos direitos trabalhistas,  destinação correta de resíduos, uso  de energia sustentável, responsabi­lidade fiscal, entre outros, já fazem  parte das diretrizes dessas empresas,  que mesmo pequenas causam im­pacto na sociedade.

É bom lembrar que os consumi­dores também observam essa movi­mentação. Diversas pesquisas dizem  que as pessoas estão cada vez mais  preocupadas em saber de onde vem  o que consomem, transformando  a sustentabilidade em um critério  de compra. “Os consumidores têm  muitas fontes de informação, e as empresas que tiverem ações mais  responsáveis e transparentes irão se  destacar”, orienta o também sócio  da ESG Soluções João Paulo Altenfel­der. “É um processo de seleção natu­ral, e, nesta luta pela sobrevivência  das pequenas e médias empresas, a  incorporação do ESG ao modelo de  negócio tem de ser vista como uma  forma de evolução em qualquer  mercado”, completa.

Nesse cenário, é possível afirmar  que as práticas ESG, cada vez mais,  serão um diferencial competitivo  para as empresas. “Estamos viven­ciando o aumento populacional,  com concentração em grandes e mé­dios centros urbanos, a escassez ou  o encarecimento de matérias-primas,  a pressão de setores da sociedade  civil por determinadas causas, tudo  isso influencia cadeias produtivas de  empresas de qualquer porte ou setor  de negócio”, diz Azevedo. 

Diversidade e inclusão

A especialista em diversidade e  inclusão Daniele Avelino acredita  que enquanto alguns empresários  reconhecem a importância da di­versidade, outros ainda não estão  conscientes dos benefícios de um  ambiente organizacional plural.

Durante o HackTown, a ques­tão da diversidade foi discutida  sob diversos olhares, entre eles  o protagonismo feminino, o en­velhecimento da população e a  ausência de acessibilidade. Com  foco nas empresas, a previsão é de  mais produtividade e criatividade  em locais de trabalho com cola­boradores diversos – lembrando  que a diversidade e a inclusão não  se limitam a questões de gênero e  raça. É preciso considerar também  a pluralidade de habilidades, expe­riências e perspectivas, e garantir  que todas as pessoas tenham as

mesmas oportunidades de opinião,  crescimento e desenvolvimento.

Outras vantagens da diversidade  nas empresas, de acordo com Da­niele, são: atratividade de talentos,  funcionários mais satisfeitos e com  sentimento de pertencimento, maior  capacidade de compreensão do  mercado, além de uma marca mais  bem aceita entre os consumidores.

“Clientes veem positivamente  empresas com equipes diversas,  reconhecendo a representatividade  e a inovação associadas a elas. A  autenticidade nesse compromisso é  essencial para construir a confiança  e a preferência do consumidor”, diz  Daniele, que completa: “Podemos  dizer que um ambiente inclusivo não  apenas promove a equidade, mas  também pode ser um fator-chave para  o sucesso e a sustentabilidade em lon­go prazo de uma pequena empresa”.

Isso significa que a diversidade  pode, sim, ser considerada como  o futuro do trabalho. “A inclusão  de perspectivas variadas promove  a inovação e a adaptabilidade e  reflete as expectativas crescentes da  sociedade em relação à equidade e  representatividade, que é o cenário  que a gente vive e busca atualmente  no mundo do trabalho”, finaliza.

SAIBA MAIS

SAMANTHA MAZZERO – FIA BUSINESS SCHOOL fia.com.br

ELÓI ASSIS – TOTVS totvs.com

0800 70 98 100

ESG SOLUÇÕES esgsolucoes.com br.linkedin.com/in/esgsoluçõesambientais

DANIELE AVELINO danieleavelino.com youtube.com/@danieleavelino

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