
SABÓ INVESTE EM ATENDIMENTO PARA CRESCER
Escrito por Pellegrino -
Ana Paula Soares, diretora de Vendas e Marketing, faz um balanço de 2024 e fala sobre os projetos da empresa para o próximo ano
por Regina Ramoska
Revista Pellegrino: Como a senhora avalia o desempenho do mercado de autopeças em 2024?
Ana Paula Soares: Em 2024, o mercado de autopeças tem se beneficiado da retomada econômica em alguns países, e no Brasil pudemos aproveitar um momento de forte manutenção da frota, resultante de anos de crescimento de venda de carros novos.
Empresas que se prepararam em gestão e atualizações tecnológicas e de seus profissionais estão acompanhando esse crescimento. Vale comentar também um comportamento crescente de consumidores buscando cada vez mais peças de reposição que ofereçam mais qualidade, prestação de serviço e menor impacto ambiental. Essas iniciativas claras beneficiam marcas como a Sabó.
RP: Como os resultados da Sabó neste ano se comparam aos anteriores?
Ana Paula: Os resultados da Sabó, comparados aos anos anteriores, se mantiveram de acordo com o esperado, ou seja, em crescimento, conforme planejado, pois avançamos em frentes importantes, principalmente na ampliação do nosso time de atendimento, um dos principais pilares, com presença no
mercado e na prestação de serviço.
RP: Qual foi o maior desafio e como foi superado?
Ana Paula: Usar a palavra “maior” talvez dê uma conotação de difícil, e não vejo dessa forma. Na verdade, tivemos, como sempre e qualquer empresa tem, alguns desafios que exigiram reflexão em busca de mais eficiência aliada a resultados: reunimos nosso time, revisamos processos e ferramentas de forma simples e em tempo recorde, aproveitando oportunidades de aumentar a capacidade tanto na fábrica quanto no atendimento.
RP: Quais são os destaques no portfólio da Sabó em 2024?
Ana Paula: Podemos destacar que em 2024, até agora, foram lançados 215 itens para o mercado de reposição dentre os diversos segmentos que atuamos: linha branca, leve, comercial leve, pesada, moto e agrícola. Podemos citar desde itens para motores três cilindros a tratores, além de uma forte atualização no portfólio de parafusos para fixação de cabeçote.
RP: A Sabó tem um trabalho consolidado com o reparador. Mas, hoje em dia, o consumidor final também está cada vez mais presente. Como a Sabó se relaciona com ele para consolidar a marca?
Ana Paula: Sim, a Sabó é uma marca com 82 anos de história, reconhecida por sua qualidade, mas também pela proximidade com o mercado. Já para o dono do carro, o consumidor lá na ponta, trabalhamos fortemente para transmitir nossos conteúdos, sejam técnicos, para quem quer conhecer mais nossas aplicações, sejam comerciais, para conhecer mais os nossos produtos, além de curiosidades sobre o mundo automotivo. Utilizamos nossas redes sociais como o Instagram, o Facebook, o Youtube, o LinkedIn e até mesmo o TikTok para acompanhar os interesses dos consumidores, que estão cada vez mais conectados.
RP: Qual a importância do feedback dos clientes para a Sabó? Como a empresa utiliza esses dados para aprimorar seus produtos e serviços?
Ana Paula: Os feedbacks são muito importantes para nós, somos uma empresa atuante no mercado e buscamos oferecer muito mais do que “apenas” produtos. Queremos entregar soluções para os nossos clientes, e isso só é possível construindo um relacionamento de confiança e fidelização, e, por meio dessas interações, nos aproximamos do público e entendemos as demandas do mercado.
RP: Como a Sabó está abordando a questão da obsolescência de peças em face do rápido avanço tecnológico?
Ana Paula: Nossa engenharia respira inovação, e acompanhamos as evoluções tecnológicas muito de perto. Nossa indústria está voltada para o desenvolvimento, e temos frentes importantes cuidando disso. Porém, temos como premissa acompanhar de perto também a realidade dos mercados de cada elo da cadeia que atendemos, desde a montadora até a reposição. É um cuidado fundamental para não avançarmos demais ou deixarmos algo ainda importante para trás.
RP: Como a Sabó está se adaptando às novas tecnologias para aprimorar seus produtos e serviços aos clientes? Houve alguma inovação ou mudança significativa nos processos?
Ana Paula: Nosso trabalho em 2024 foi de reforço na estrutura de atendimento, envolvendo novas contratações com o objetivo de estar cada vez mais presente no mercado, com implementação de ferramentas de gestão que facilitarão a nossa comunicação e percepção.
RP: Quais são os principais desafios que a Sabó enfrenta na distribuição?
Ana Paula: Acredito não ser uma exclusividade da Sabó, temos uma rede consolidada há muitos anos e consideramos o distribuidor uma extensão da fábrica a fim de disponibilizar nossos produtos com o melhor atendimento; fato que o Brasil é enorme e tem suas peculiaridades, e nossos parceiros têm aumentado suas filiais significativamente, o que nos leva a ter que acompanhá-los em tempo recorde com produção, atendimento e serviços.
RP: Como a Sabó está se posicionando em relação às tendências do mercado de autopeças para 2025?
Ana Paula: Estamos atentos a algumas mudanças significativas no modelo de comercialização e na expansão da nossa rede, além de novas necessidades tecnológicas e logísticas.
RP: Como a Sabó enxerga o mercado de autopeças em 2025? Quais os planos da empresa? Há lançamentos previstos?
Ana Paula: Entendemos que o mercado de autopeças continuará crescendo em 2025, com um desempenho moderado comparado aos últimos quatro anos. E, sim, claro, pretendemos continuar o nosso planejamento de entregar soluções ao mercado de reposição por meio de lançamentos, sempre de acordo com a demanda do setor, mantendo o nosso foco no atendimento e na prestação de serviço.
RP: Como a Sabó se mantém competitiva em um mercado cada vez mais desafiador?
Ana Paula: Olhamos com atenção as necessidades do mercado, compreendendo o que o cliente precisa e como podemos ajudá-lo, com um time consolidado e “inteirado”, que conhece bem a empresa e sua missão, criando parcerias duradouras e fortes. Em tempos de “tudo caminha muito rápido”, saber parar e ouvir o que o cliente e o mercado têm a nos dizer pode ser muito importante para consolidação de ideias e planejamento prático.
RP: Na sua opinião, o que mais tem impactado a receita das empresas nos últimos anos?
Ana Paula: Nos últimos anos, vários fatores têm impactado significativamente a receita das empresas, de forma positiva ou negativa. A pandemia de covid-19 trouxe uma incerteza econômica para as empresas, principalmente no início, porém, ao longo do tempo, alguns setores se adaptaram, o que impulsionou a recuperação da receita, especialmente com a abertura de novos canais digitais como o comércio eletrônico e em indústrias que aceleraram a digitalização. A interrupção das cadeias de suprimentos, também influenciada pelo conflito geopolítico e pela escassez de componentes, afetou diretamente a produção e a entrega de produtos, resultando em atrasos e aumento de custos. Em contrapartida, as empresas que adotaram tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, big data e automação de processos, aumentaram a eficiência e reduziram custos, ampliando a receita e se mantendo competitivas e vivas no mercado.